José Próspero é aluno da Universidade Nova SBE. Nos próximos seis meses irá trocar o moderno edifício em Carcavelos por quatro cidades do continente africano. "Serão seis meses, quatro países, 45 dias em cada, um tempo para criar impacto no trabalho a realizar ao lado das associações", descreveu ao TNBI o finalista do curso de economia.

O mote desta incursão tem o nome de batismo "Impossible Until It's Done", um projeto de voluntariado que tem por base o empreendedorismo social e que ganhou inspiração numa frase de Nelson Mandela, antigo presidente sul-africano: "Tudo parece impossível até acontecer".

Se a experiência empreendedora advém do Erasmus feito na Renmin University of China, em Pequim, em que deu de caras com a associação Roots&Shoots, o voluntariado tem sido desenvolvido no No Bully Portugal, onde tem "ajudado no marketing e na angariação de fundos".

Com o trabalho feito em casa, contactos feitos com associações e organizações locais e com "quase tudo definido", irá "conhecer o máximo de empreendedores que estejam a tentar melhorar as suas comunidades, trabalhar e ajudá-los no que estão a fazer", revela.

A Cidade do Cabo, na África do Sul, será o ponto de partida desta viagem de voluntariado e de aprendizagem "junto de empreendedores locais". A associação Rainbow Dreams Trust, que será a sua casa durante 45 dias, "procura prevenir, através do empreendedorismo, que os jovens das zonas mais pobres sigam más influências", sublinha. "Vou transmitir aquilo que tenho aprendido a nível de empreendedorismo e vou ajudar na comunicação do dia a dia, a espalhar imagem da associação a nível global", frisa.

Em março, estará em Maputo, em Moçambique. Fará voluntariado na Mozambikes, uma empresa do setor social do português Rui Mesquita. "É uma associação que procura levar bicicletas a locais mais remotos de modo a facilitar o acesso à educação, saúde e emprego", explica. "Ajudarei a medir o impacto que tem tido nos sítios em que já forneceu bicicletas", antecipa José Próspero.

Nairobi, no Quénia, em abril, é a penúltima paragem. Desenvolverá o trabalho na Worldreader, uma organização global sem fins lucrativos, de literacia digital e "apoiada pela Amazon" que visa, através dos livros digitais (Kindle), "promover a leitura" e "fomentar a educação" de jovens e adultos.

O semestre deste finalista termina, 180 dias depois, em Lagos, Nigéria onde ainda está "a realizar contactos" sobre o que irá fazer. Até lá, irá documentar o que faz. "A outra parte do projeto, para além do voluntariado, é ter as redes sociais ativa", finaliza.

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