Em comunicado, a Alfaguara refere que a publicação em Portugal do livro de estreia de Douglas Stuart vai ter lugar em 2021, tendo fonte da editora acrescentado à Lusa que deverá acontecer na segunda metade do ano.
A editora Clara Capitão, citada no comunicado, diz que “Shuggie Bain” foi o primeiro livro que leu durante o confinamento de março: “Era uma leitura dura, talvez não a mais recomendada para um momento em que todos estávamos tão assustados. Mas ler aquela história, ao mesmo tempo tão triste e tão bonita, deu-me a possibilidade de olhar para lá do meu universo doméstico e relativizar as minhas queixas ou preocupações.”
“Shuggie Bain” foi o primeiro romance de Stuart, que é o segundo escritor escocês a vencer o galardão, depois de James Kelman, em 1994.
A obra é baseada nas experiências pessoais do escritor, de uma infância em Glasgow repleta de “pobreza e dependências”.
O livro transporta o leitor para Glasgow na década de 1980, “com uma mãe a batalhar contra as dependências”.
Margaret Thatcher era primeira-ministra durante este período, caracterizado pela austeridade implementada pelo Governo conservador em todo o Reino Unido.
Douglas Stuart dedicou a obra à mãe, que morreu vítima de alcoolismo quando o escritor tinha 16 anos.
Um dos elementos do júri da edição deste ano, Margaret Busby, comentou que a obra “está destinada a ser um clássico” por ser um “retrato comovente, envolvente e matizado de um mundo social muito unido, do seu povo e dos seus valores”.
O júri da edição deste ano do Booker foi composto pela editora e crítica literária Margaret Busby, que presidiu, pelo escritor Lee Child, pelo autor e crítico Sameer Rahim, pelo escritor Lemn Sissay e pela tradutora Emily Wilson.
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