Luísa Sobral estreia-se em palcos uruguaios, atuando em duo com Mário Delgado, nas guitarras, e vai apresentar alguns temas do seu repertório, com “especial incidência no seu mais recente álbum, ‘Rosa’”, editado na primeira quinzena de novembro passado, segundo comunicado da sua promotora.
A intérprete de “Nádia” volta a atuar no Solís, no domingo, como convidada especial da MVD Big Band, no concerto de encerramento do Festival.
Luísa Sobral estreou-se discograficamente em 2011, com o CD “The Cherry On My Cake”, depois de uma estada nos Estados Unidos, tendo estudado no Berklee College of Music, em Boston. No ano seguinte gravou com David Fonseca e Alejandro Sanza, e participou, em Inglaterra, no programa televisivo de Jools Holland, onde atuou com Melody Gardot.
Luísa Sobral fez, em seguida, algumas das primeiras partes da digressão da cantora norte-americana.
A cantora e compsoitora portuguesa deu-se, todavia, a conheecr ao público em 2003, quando ficou em 3.º lugar num concurso televisivo de novos de talentos musicais.
Luísa Sobral assina, letra e música, as onze canções que constituem o novo álbum, que tomou o nome de “Rosa”, em homenagem à sua filha, pois foi composto durante a sua gravidez, o que influenciou o trabalho final.
“Este disco conta histórias e fala de amor, como todos os meus álbuns, mas este tem uma sonoridade diferente, e as canções estão mais expostas, além da minha voz estar um bocadinho diferente, porque durante a gravidez fiquei muito rouca, o que influenciou a forma como compus, mas decidi gravar assim, com a voz que me fez escrever as canções”, disse.
“O mais diferente é o disco ser todo cantado em português, o facto de ser tão despido. E mudei o grupo de acompanhadores, que anteriormente eram guitarra, piano, bateria e contrabaixo. Mas continuo a ser eu na composição, e com as minhas características”.
O CD abre com a canção “Nádia”, que remete para o drama dos migrantes que atravessam o mar Egeu, para alcançarem a Europa, para sobreviverem. Ao longo do álbum, com canções como "Querida Rosa", “Benjamim”, “Mesma Rua, Mesmo Lado”, “Dois Namorados” ou “Maria do Mar”, Luísa Sobral vai apresentando personagens e contando a suas histórias.
Esta é a primeira vez que um artista português participa no festival uruguaio.
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