O prémio, no valor de 60 mil euros, instituído em 1987 pela Comissão Europeia e pela Fundação Mies van der Rohe, com sede em Barcelona, é considerado um dos galardões de maior prestígio na área da arquitetura.
Os quatro projetos finalistas construídos em Portugal são os seguintes: Casa em Oeiras, do ateliê Pedro Domingos Arquitetos, o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa, pelo ateliê britânico AL_A - Amanda Levete, a Sede da EDP em Lisboa, pelo ateliê Aires Mateus, e o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, em Chaves, por Álvaro Siza Vieira.
Quando a primeira lista de projetos nomeados para o prémio foi anunciada pela Comissão Europeia, em dezembro do ano passado, Portugal tinha 13 projetos entre os 356 selecionados, provenientes de 36 países.
A lista vai ser ainda reduzida a cinco finalistas ao galardão, cujos vencedores serão conhecidos a 26 de maio, no Pavilhão Mies van der Rohe, em Barcelona.
O júri que selecionou os 40 finalistas foi presidido pelo arquiteto britânico Stephen Bates (Sergison Bates architects, London–Zurich), pelo arquiteto português Gonçalo Byrne (Gonçalo Byrne Arquitetos), o arquiteto britânico Peter Cachola Schmal (diretor do Deutsches Architekturmuseum, museu alemão de arquitetura, em Frankfurt), o arquiteto turco Pelin Derviş, investigador, editor e curador independente, a arquiteta francesa Dominique Jakob (Jakob+MacFarlane), a socióloga finlandesa Juulia Kauste, (diretora do Suomen Arkkitehtuurimuseo, museu finlandês de arquitetura, em Helsínquia), e a historiadora de arte polaca Małgorzata Omilanowska (professora na Universidade de Gdansk).
Os projetos que estavam na primeira lista de nomeados em Portugal eram: a Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo (Inês Lobo Arquitetos), as Casas de Campo no Trebilhadouro, Vale de Cambra (André Eduardo Tavares Arquiteto), o Camping de Abrantes (Ateliê Rua), o Centro Social e Cultural Costa Nova, na Gafanha da Encarnação (ARX Portugal Arquitetos), o Mercado Municipal de Abrantes (ARX Portugal Arquitetos), a Escola Secundária Luís de Freitas Branco, em Oeiras (Célia Gomes + Pedro Machado Costa).
Estavam igualmente nomeados o projeto do Instituto de Inovação e Investigação em Saúde - I3S, no Porto (Serôdio Furtado & Associados), o Solar da Porta dos Figos, em Lamego (Norvia - Consultores de Engenharia SA), e o Museu Municipal Abade Pedrosa, em Santo Tirso (Álvaro Siza + Souto de Moura).
Globalmente, os selecionados apresentaram propostas das áreas da habitação, cultura, escritórios, desporto, comércio, edifícios governamentais, transporte e tipologias urbanas.
O Prémio Mies van der Rohe é bienal, e distingue projetos de arquitetura construídos nos dois anos que precedem a sua atribuição. Entrega igualmente um prémio de 20 mil euros a arquitetos no início de carreira.
Entre os vencedores anteriores estão o centro de congressos Harpa, em Reykjavik, na Islândia (Peer Henning Larsen Architects/Teglgaard Jeppesen, Osbjørn Jacobsen, Studio Olafur Eliasson/Olafur Eliasson, Batteríid architects/Sigurður Einarsson ) e o Neues Museum (Novo Museu), em Berlim (David Chipperfield Architects/Julian Harrap).
O projeto do arquiteto português Álvaro Siza Vieira para o antigo Banco Borges e Irmão, em Vila do Conde, foi o distinguido na primeira edição do prémio, em 1988.
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