No dia em que o festival de cinema IndieLisboa devia começar, a direção revelou hoje parte da programação, nomeadamente a competição internacional e a secção Silvestre, que só acontecerá no final do verão, por causa da pandemia da covid-19.
A competição internacional contará com 12 longas-metragens e 31 curtas, com a direção do IndieLisboa a destacar “a forte presença africana” nesta edição, nomeadamente pela seleção dos filmes “Nafi’s father”, do senegalês Mamadou Dia, e “This Is My Desire”, dos nigerianos Arie Esiri e Chuko Esiri.
Na competição estão ainda o documentário “L’Île aux oiseaux”, dos luso-suíços Maia Kosa e Sérgio da Costa, que esteve em competição em 2019 nos festivais de San Sebastian (Espanha) e Locarno (Suíça), e “Si yo fuera el invierno mismo”, filme da argentina Jazmin Lopez com direção de fotografia de Rui Poças.
Na secção Silvestre, dedicada a filmes “cuja rebeldia espelhe o espírito do festival”, foram incluídos, entre outros, “Jeanne”, de Bruno Dumont, que mereceu uma menção especial em 2019 no festival de Cannes, o documentário “State Funeral”, de Sergei Loznitsa, e “Uppercase Print”, de Radu Jude.
A eles junta-se ainda o filme experimental “Ouvertures”, do The Living and the Dead Ensemble, um coletivo formado em 2017 por vários artistas oriundos do Haiti, França e Reino Unido. O filme foi apresentado este ano em Berlim.
A programação completa do IndieLisboa 2020, incluindo a seleção de filmes portugueses e atividades paralelas, só será conhecida a partir do final de julho.
A organização já tinha anunciado algumas novidades da programação, nomeadamente uma retrospetiva de toda a obra do realizador senegalês Ousmane Sembène, uma homenagem aos 50 anos da secção Fórum da Berlinale e um ciclo dedicado à realizadora franco-senegalesa Mati Diop.
A 17.ª edição do IndieLisboa — Festival Internacional de Cinema decorre de 25 de agosto a 5 de setembro no Cinema São Jorge, Culturgest, Cinema Ideal e Cinemateca Portuguesa.
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