“Nos próximos meses de novembro e dezembro, a Produtores Associados invade – pacífica mas entusiasticamente – a programação do Teatro Maria Matos, em Lisboa, com espetáculos de alguns dos seus artistas, desde o dia 04 de novembro até ao dia 21 de dezembro, sempre às 21:30″, refere a produtora de espetáculos e eventos e agência de artistas Produtores Associados, num comunicado hoje divulgado.
No âmbito deste ciclo, irão atuar no Maria Matos: Manel Cruz, em 04 de novembro, Lena D’Água, em 18 de novembro, Cais Sodré Funk Connection, com Paulo de Carvalho como convidado, em 30 de novembro, A Garota Não, em 02 de dezembro, e Luta Livre, em 21 de dezembro.
Manel Cruz leva até ao Maria Matos “Tour Nedó”, espetáculo que estreou este ano e que tem como ponto de partida “Vida Nova”, o primeiro álbum que editou em nome próprio. Antes disso tinha editado com os Ornatos Violeta, Pluto, Supernada ou enquanto Foge Foge Bandido.
Em palco, Manel Cruz é acompanhado por António Sérginho, na percussão, piano e xilofone, Eduardo Silva, no baixo, e Nico Tricot, no piano.
Lena D’Água, prestes a celebrar 45 anos de carreira, vai apresentar novas canções, incluídas em “Desalmadamente”, álbum que editou no ano passado, 30 anos depois do último em nome próprio, e “recordar alguns êxitos incontornáveis do seu repertório”. Em palco, estará acompanhada por João Correia, António Vasconcelos Dias, Sérgio Nascimento, Mariana Ricardo, Francisca Cortesão e Benjamim.
Os Cais Sodré Funk Connection vão apresentar-se com “um novo e inesperado passageiro”, Paulo de Carvalho, “para juntos (re)fazerem canções com história e outras mais atuais”.
A Garota Não, projeto da cantautora Cátia Mazari Oliveira, sobe ao palco do Maria Matos para apresentar “Rua das Marimbas”, álbum de estreia que editou no ano passado. Em palco, Cátia Mazari Oliveira estará acompanhada por Sérgio Mendes, na guitarra, e Diogo Sousa, na bateria.
O ciclo termina com Luta Livre, o novo projeto de Luís Varatojo, músico que esteve na génese de, entre outros, Peste & Sida e A Naifa.
Em maio, em declarações à Lusa, contou que as canções do projeto “resultam de um olhar interventivo da atualidade”.
“De há um ano para cá, comecei a escrever alguns textos sobre notícias que ia lendo no jornal, fui acumulando esses textos e ao mesmo tempo comecei a fazer uns instrumentais com base em ‘samples’ que fui fazendo em discos de jazz. Juntei uma coisa à outra para ver o que dava”, explicou.
Em “Política”, o primeiro tema divulgado, Luís Varatojo fala sobre populismos e repete “Associações, sindicatos e partidos/as classes dominantes têm horror aos coletivos”, em “Ninguém quer saber” elenca algumas notícias falsas que encontrou na Internet e, em “Iniquidade”, recorda “Algo está mal quando os 40 mais ricos têm mais que os 2 biliões mais pobres, batemos no fundo e batemos recordes/um novo multimilionário dia sim, dia não”.
Em palco com Luís Varatojo estarão Edgar Caramelo, Ivo Palitos, Ricardo Toscano, Ricardo Pires, Diogo Santos, João Pedro Almendra, Kika Santos e Pedro Mourato.
Para Luís Pardelha, um dos sócios fundadores da produtora, o momento atual, em que o mundo lida com a pandemia da covid-19, “particularmente crítico e vulnerável para a Cultura, revelou-se um estímulo e uma oportunidade para agitar as águas, juntar os artistas da Produtores Associados e toda a equipa e dar um passo em frente”.
Depois desta “primeira vaga”, a Produtores Associados está já a preparar uma “segunda vaga de programação [no Teatro Maria Matos] que será anunciada em breve, sempre com artistas da ‘casa’ e que decorrerá a partir de janeiro de 2021″.
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