Se foi isto que levou o agora músico português a seguir a carreira de artista, não sabemos. Mas na conversa que tivemos com ele no episódio mais recente do podcast, deixou vincada a sua opinião de que parte da pop que é produzida hoje em dia, tem traços daquilo que Jackson já fez há 30 anos. O que não significa que o que é feito hoje é mau: The Weeknd faz boa música, "mas quer muito ser o Michael Jackson", foi uma das discussões mais elaboradas que tivemos com o artista.
Tiago Bettencourt está atualmente a celebrar 20 anos de carreira, contando com o seu percurso nos Toranja e, posteriormente, com a sua aventura a solo desde 2006. A ocasião vai merecer um conjunto de concertos em Lisboa e no Porto, em que além dos singles dos álbuns mais recentes, vai ser difícil escapar às canções que lhe deram fama no início do milénio como a "Carta" e "Laços". Numa altura em que a nostalgia (e a motivação financeira) estão a levar a que uma série de bandas faça uma reunion, Bettencourt não rejeita isso acontecer com os Toranja se estiverem reunidas "as condições certas".
Houve ainda tempo para discutir o estado da música atual e a pouca exigência da Geração Z. Para Bettencourt, algum do trabalho que é hoje feito é de fraca qualidade face ao que era feito há umas décadas e culpa os algoritmos da Internet por darem palco a um conjunto de artistas e músicas que noutros tempos teriam mais dificuldade em sobressair. Há casos de sucessos, claro, e há muitas coisas boas, mas, para o artista, a qualidade, de uma forma geral, baixou consideravelmente.
São estes e outros temas que João Dinis, Mariana Santos e Miguel Magalhães colocaram a Tiago Bettencourt, que confessa que ainda há pessoas que lhe pedem para tocar o "Relativamente Feia" em concertos. Se não se lembram, revejam o tema aqui.
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