Depois de Donald Trump anunciar oficialmente a sua candidatura à presidência dos Estados Unidos, chegou a vez de Kanye West. Sim, leu bem. "Decidi que em 2020 me vou candidatar a presidente dos Estados Unidos", afirmou o rapper durante o discurso nos prémios da MTV. Nesse preciso momento as redes sociais explodiram e a hashtag #KanyeForPresident ganhou vida.
O mais curioso é que, apesar de haver dúvidas relativamente à seriedade da afirmação, rapidamente surgiram vozes de apoio e incentivo. Surpreendentemente, o Partido Democrata parece ter aprovado a candidatura do músico dando-lhe as boas vindas através da sua conta de twitter. Já o porta voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou que todos estão “ansiosos para ver o slogan da campanha". Talvez seja uma das suas célebres frases como “Quando digo que sou o melhor é porque sou o melhor” ou “Acreditarias no que acreditas se fosses o único que acredita nisso?”… talvez algo ainda mais surpreendente. Vamos esperar para ver.
É certo que Kanye admitiu ter “fumado umas coisas” antes da cerimónia dos prémios da MTV, mas será um anúncio assim tão descabido? Será que daqui a cinco anos haverá espaço na Casa Branca para um rapper que por várias vezes tem vindo a mostrar interesse pelo mundo da política, criticando publicamente Presidentes em exercício como fez com George W. Bush? Haverá espaço na Casa Branca para uma primeira-dama com uma “retaguarda” de peso?
Uma coisa é certa: Kanye West é uma das personalidades mais influentes do mundo e apesar de não estar a concorrer nestas eleições com Donald Trump já lhe retirou bastante protagonismo.
Nos últimos dias ninguém se lembra do multimilionário que qualifica os líderes norte-americanos como «estúpidos» e «controlados por ‘lobbies’ e interesses especiais». A estrela é Kanye.
Mas vamos avançar uns anos. Como seria o mandato do Presidente Yeezus na Casa Branca? Vejamos: logo após a tomada de posse, algumas mudanças básicas: novas notas com a cara de Kanye teriam de entrar em circulação. Nada faz sentido se os americanos não puderem pagar as suas compras com uma nota oficial para celebrar a chegada do novo rei... quer dizer, presidente.
Jay-Z seria o vice-presidente do rapper e mudar-se-ia com a sua Beyoncé e pequena Blue Ivy para a Casa Branca. Assim, a crème de la crème da indústria musical estaria toda concentrada na sede oficial do poder executivo americano. A juntar à festa, nada melhor do que um “Keeping up with the Kardashians” diretamente da residência oficial dos Estados Unidos para rebentar com as audiências.
Para rematar, a Casa Branca adotaria não a “casual friday” mas a “party friday” onde todos os congressistas, senadores e outros politicos teriam de mostrar o que valem ao ritmo de grandes temas como “All of the lights” ou “Golddigger”. Uma animação!
Mas voltemos à realidade. Não é de todo descabido que Kanye West concorra à presidência, como tantos outros nomes improváveis já o fizeram, e também não é totalmente impossível que chegue longe na campanha: é criticado e odiado por muitos, verdade, mas seguido e idolatrado por milhões, mais ainda depois de ter casado com a maior celebridade dos últimos anos. No entanto, será que ganha? Isso já é outra história, que veremos daqui a cinco anos, se ele não mudar de ideias. Então até 2020, Mr. West.
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