“O percurso expositivo que agora se inaugura foi totalmente reorganizado, de acordo com o projeto de 2013 do Prémio Vilalva. A nova museografia foi concebida por Raquel Henriques da Silva e Madalena Reis e o projeto de arquitetura é de Teresa Nunes da Ponte”, refere o museu, em comunicado.

Com a organização das salas por núcleos temáticos, os visitantes poderão “conhecer a coleção por áreas de interesse, permitindo assim uma visita mais rica e estruturada das coleções”, avança.

Quem visitar o museu encontrará um espaço de exposição maior, uma vez que passou de oito para nove salas, com o reaproveitamento do ‘hall’ de entrada.

“Este alargamento permitiu não só mostrar a crescente coleção de arte contemporânea do Museu do Caramulo, que conta com doações de artistas como Pedro Cabrita Reis, João Louro, Miguel Palma, Ana Hatherly, Pedro Calapez, Fernanda Fragateiro ou Rui Chafes, entre outros, como também expor peças de arte doadas nos últimos anos, que não se encontravam em exposição, como é o caso de três obras de Pablo Picasso”, sublinha.

As obras de reabilitação foram além das salas de arte, estendendo-se às salas de exposições temporárias no rés-do-chão, ao claustro do século XVIII e às paredes exteriores, com a recuperação da fachada principal.

Segundo o Museu do Caramulo, foi também instalado um elevador “que percorre todos os pisos, resolvendo uma limitação antiga na questão das acessibilidades”.

Paralelamente a este projeto, foi lançado um programa de restauros que inclui “medidas de correção, prevenção e conservação de várias peças de arte, realizadas por especialistas em cada uma das áreas”.

O museu lembra que o edifício intervencionado tinha sido construído em 1959 e que, na altura, “foram utilizados no projeto, da autoria do arquiteto Alberto Cruz, os melhores materiais e as mais avançadas técnicas de construção”.

“Volvidos mais de 60 anos, o edifício e as salas de exposição acusavam o desgaste do tempo e uma desatualização contrários à missão do Museu do Caramulo, enquanto instituição de divulgação e conservação cultural”, explica.

Esta preocupação levou ao desenho de um projeto de requalificação do espaço e do percurso expositivo que venceu o Prémio Vilalva, atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian em 2013, “mas que não foi possível concretizar no imediato, por questões financeiras”, recorda, acrescentando que, em 2020, a direção decidiu avançar com as obras de reabilitação.

Para financiar esta obra, o museu recorreu a apoios mecenáticos de entidades privadas que ficaram associadas a uma ou mais salas.

A exposição de arte pode ser visitada de terça-feira a domingo.