Inaugurado oficialmente na quarta-feira pelo presidente francês, Emmanuel Macron, e pelo presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed ben Zayed Al-Nahyane, o museu pretende ser um projeto "aberto ao mundo e universalista", segundo a organização.
Situado na Ilha de Saadiyat, na capital dos Emirados, o museu conta receber cerca de 5.000 visitantes nos primeiros dias da abertura, que será festejada até terça-feira.
Os visitantes vão poder passear por um complexo inspirado nas medinas, composto por um conjunto de 55 edifícios brancos, com uma cúpula de 180 metros de diâmetro, composta por 7.850 estrelas de metal, através das quais passam os raios de sol, criando um efeito que o arquiteto Jean Nouvel descreveu como "chuva de luz".
Contrariamente a outros museus, cujo percurso propõe uma classificação por estilos ou civilizações, este destaca temas universais e as influências comuns entre as culturas, desde a pré-história aos nossos dias.
Nesta linha, numa sala estão lado a lado escrituras sagradas de várias religiões, nomeadamente sutras budistas, uma folha de um Corão azul do século IX, um dos mais antigos que se conhecem, uma Tora iemenita de 1498 e uma Bíblia gótica do século XIII.
Mas a estrela do museu, segundo os promotores, é "La Belle Ferronnière", um retrato feminino de Leonardo da Vinci, emprestado pelo Louvre de Paris. Nas 300 peças também foi incluído um autorretrato de Vincent van Gogh.
Entre as 28 peças emprestadas por instituições do Médio Oriente, figura um busto monumental de duas cabeças, com mais de oito mil anos, proveniente do Departamento de Antiguidades da Jordânia.
O Louvre Abu Dhabi é fruto de um acordo intergovernamental assinado em 2007 entre Paris e Abou Dhabi, com uma duração de 30 anos, e no valor de mil milhões de euros, incluindo a organização de exposições temporárias.
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