Ao longo dos três dias, vão passar pelos vários palcos do evento, que é parceiro do Primavera Sound de Barcelona, nomes como Interpol, Erykah Badu, Guided by Voices, Jorge Ben Jor, Low, Courtney Barnett, Solange ou Rosalía, com mais de 70 nomes ao todo.
O diretor do evento, José Barreiro, explicou à Lusa que a marca do ecletismo está mais uma vez presente numa edição apostada em voltar a ter “um sucesso de público”, com “indicadores muito positivos de venda de bilhetes” e as “expectativas muito elevadas”.
“Qualquer pessoa pode fazer um festival diferente do amigo ou da namorada, é muito eclético. É para todas as idades e para todos os públicos”, resume.
No que toca à venda de bilhetes, e se “há alguns meses pairavam algumas nuvens negras sobre o sucesso da edição”, o caráter do Primavera, que “reúne públicos que não são os tradicionais de festivais”, leva a “muito mais venda de última hora do que os habituais”, pelo que a organização está, agora, “de sorriso nos lábios”.
Como destaques, o programador aponta o espetáculo “muito especial e cuidado” de Solange Knowles, irmã de Beyoncé, também por ser “um estilo musical que não é muito programado nos festivais em Portugal”, depois de ter visto a atuação no ‘irmão’ de Barcelona.
Entre outros nomes apontados, no que diz ser um “‘cocktail’ perfeito” de sonoridades diferentes, estão Aldous Harding, a “oportunidade raríssima” de voltar a ver Guided by Voices, a “frescura imensa” da espanhola Rosalía, mas também Erykah Badu, Modeselektor, James Blake e Nina Kraviz.
No quadro de nomes portugueses, Barreiro destaca as “três gerações, dos 27 anos do ProfJam aos 62 da Lena D’Água”, passando também pelo ‘rapper’ Allen Halloween ou Mai Kino.
A estes juntam-se os nomes de Dino D’Santiago, Surma, Jackie e Violet, além do produtor Branko, confirmado após o cancelamento de Kali Uchis.
As novas sonoridades urbanas, explica o diretor, são, por um lado, uma forma de contactar com “grande parte da criatividade na música atual”, que considera estar em géneros como o ‘rap’ ou o ‘trap’, e por outro uma tentativa de “tocar novos públicos” e “rejuvenescer a idade média do festival, que até 2018 estava nos 32, 33 anos”.
Em 2020, o festival já anunciou uma de duas datas exclusivas dos norte-americanos Pavement, que vão tocar também em Barcelona, num ano de festa para a marca, que chega ao 20.º e tem, por isso, uma edição comemorativa em Los Angeles.
Adiantando que ainda poderão surgir “mais surpresas”, José Barreiro garante que a expansão para o outro lado do Atlântico pode dar ao Porto algo que “beneficia direta e indiretamente”, por serem “amizades boas” para uma cidade, “como esta, estar ao lado de Barcelona ou Los Angeles”.
Este ano, continua a aposta em “minorar a pegada ecológica”, com a substituição do material dos cartões dados ao público, de plástico para ‘bio PVC’, a implementação de bicicletas elétricas na produção e a disponibilização de 10 lugares de estacionamento para carros elétricos, com carregadores.
A oitava edição do NOS Primavera Sound no Porto arranca na quinta-feira para três dias de música, com concertos de Erykah Badu, Interpol, Low, Courtney Barnett, Solange, Jorge Ben Jor ou Rosalía.
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