Promovido pela Câmara Municipal de Faro, o Festival F está “a crescer todos os anos” e a adaptar-se às exigências do público, que no ano passado esgotou a capacidade de 15.000 pessoas do recinto principal na Vila Adentro, no centro histórico da cidade, onde o festival “continua concentra-se e centrar-se”, apesar da deslocação do palco principal para o largo de São Francisco, disse hoje o vice-presidente do município, Paulo Santos.
“Este ano, muito provocado pela enchente que tivemos no festival [do ano passado], nomeadamente no último dia, que esgotou, voltamos a alterar o recinto, a sair um pouco da cidade velha para entrar no Largo de São Francisco, de forma a poder crescer o recinto e o palco principal e poder ter aqui uma visão magnífica sobre a Ria Formosa e sobre essa maravilha natural”, justificou Paulo Santos, quantificando a capacidade do novo palco principal em 21.000 pessoas.
O vice-presidente da autarquia destacou que o festival conta também com mais um dia e “passa a ter três dias, em vez de dois, como aconteceu nas edições anteriores”, alteração que o vereador disse ter sido feita de “forma ponderada” e tendo em conta os pedidos do público.
“No cartaz musical temos cerca de 50 concertos, dos mais diversos estilos musicais, desde o ‘indie’ ao rock, ao jazz, ao fado, temos aqui todos os estilos musicais, mantendo a mesma característica do Festival F, que é a de serem artistas nacionais na sua totalidade. E depois temos projetos mais consagrados, como os Xutos e Pontapés, o Rui Veloso ou o Jorge Palma, assim como os mais emergentes do panorama musical nacional”, promoveu.
Paulo Santos reconheceu que houve necessidade de mexer no cartaz depois de Salvador Sobral, vencedor do último festival da Eurovisão, ter cancelado os dois concertos em que ia participar, um a título pessoal e outro com Alexander Search, e as suas atuações foram substituídas por espetáculos dos grupos Expensive Soul e Black Mamba, respetivamente.
Apesar de a mudança no local do palco principal, Paulo Santos frisou que “o festival continua a concentrar-se e a centrar-se na Vila Adentro” e a ter como preocupação desde a primeira edição que “o orçamento e o investimento inicial tenha depois o seu retorno na totalidade”.
“Desde a primeira edição - e tem crescido de ano para ano em termos de orçamento - tem-se conseguido sempre atingir o ponto de equilíbrio entre receita e a despesa. E este ano acreditamos que vamos conseguir o mesmo objetivo”, disse o autarca, cifrando o investimento da autarquia em cerca de 600.000 euros.
Paulo Santos disse ainda que o Festival F “não é só música”, apesar de ela ser “o prato principal”, porque vai contar também com “o melhor que se faz em Portugal ao nível da ‘stand up comedy’” ou “tertúlias literárias, com o [escritor] Valter Hugo Mãe à conversa com músicos que vêm ao festival”, sobre o que é criar no feminino, sobre humor em Portugal e futebol.
Há também uma projeção de ‘videomapping’ na torre da Sé, com os “melhores trabalhos” das várias edições do Algarve Design Meeting, e artesanato regional e de autor, acrescentou, frisando que o Festival F será pela primeira vez totalmente acessível, com todos os palcos a terem local de visualização para pessoas com mobilidade reduzida e grávidas.
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