"Cada rusga popular participa com quantos elementos quiser, daí não ser possível concretizar um número certo de pessoas envolvidas. Costumam participar cerca de 80 rusgas, logo serão largas centenas de cantadores e dançadores", disse hoje à agência Lusa, a vereadora da Cultura, Sílvia Torres.
Segundo aquela responsável, aquele número emblemático do programa da Romaria de São Bartolomeu "começa a animar a vila, na quarta-feira, a partir e só termina entre as 07:00/08:00 da manhã do dia seguinte"
"Na noite de 23 para 24 de agosto, são milhares as pessoas que passam pela vila, vindas de vários pontos do país e, mesmo, do estrangeiro", adiantou Sílvia Torres.
Para a economia local, segundo a vereadora da Cultura, "esta é uma noite muito expressiva já que os restaurantes, cafés e alojamento em geral ficam lotados", especificou.
Em 2015, Ponte da Barca lançou a marca capital das rusgas populares, e, no ano seguinte, o primeiro-ministro, António Costa inaugurou um monumento de homenagem aos grupos que, "de forma espontânea ou organizada, perpetuam as danças e cantares tradicionais".
Trata-se de uma "peça de arte urbana composta por três figuras em bronze, com cerca de dois metros de altura, da autoria do escultor Rogério Timóteo".
O conjunto, composto por três estátuas, "representa os elementos de uma típica rusga do Alto Minho - o tocador de concertina, a tocadora de cavaquinho e a cantadeira - envergando os trajes locais".
Através das concertinas, dos bombos, dos cavaquinhos e outros instrumentos tradicionais, as rusgas, que contam com a participação de mais de 80 grupos vindos de todo o país, desfilam e formam rodas de tocadores.
Dança-se o vira, canta-se à desgarrada em plena rua, com uma passagem por um palco instalado na Praça da República.
"Em Ponte da Barca, a forma como as rusgas surgiram, de forma espontânea, é motivo de orgulho para nós e para o município elevar esta bandeira de Ponte da Barca como capital das rusgas populares. Vem-se aqui com o espírito de romeiro e porque se gosta, porque elas (as rusgas) valorizam-nos a todos. São as tradições e a cultura popular. As pessoas aparecem e fazem a festa", disse.
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