O evento apresenta 27 espaços em estreia, atividades júnior para os mais novos, e visitas acessíveis para pessoas com limitações físicas, além de um programa com percursos de bicicleta, trotinete e metro.
Partindo da questão comum aos temas emergentes no atual debate público sobre a transformação de Lisboa — habitação, espaço público, mobilidade, património, segregações —, a nova proposta de roteiro desta edição, concebida pela arquiteta e investigadora Patrícia Robalo, integra espaços que excluem o centro de Lisboa.
De acordo com a arquiteta, “pretende-se superar a exemplaridade da cidade tradicional como construção única da condição urbana” durante dois dias, cem espaços inéditos no evento, como o Convento de São Domingos.
A Escola Superior de Música ou o edifício da GS1 Portugal — por norma inacessíveis – são outros espaços que poderão ser visitados.
Também as redes de mobilidade e/ou de organização assumem um papel central nesta edição, segundo a organização, com a inclusão da Rede de Metro, do Mercado de Arroios, da Feira do Relógio, da Rede de Artes e Ofícios de Lisboa e das informações de ciclovia no roteiro.
O público poderá perceber o espaço construído das estações, galerias e oficinas, e a sua interligação, funcionamento, conceção e vivência em rede.
Nesta linha, a organização pensou em percursos inéditos para serem feitos de bicicleta, ‘skate’ ou trotinete, assim como quatro percursos comentados pela comissária, feitos pela Rede de Metro.
Nos espaços do roteiro haverá ainda uma programação paralela que vai contar com 12 eventos, como concertos, ‘performances’, exposições, aulas e passeios.
Organizado pela Trienal de Lisboa e pela Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), o Open House Lisboa está integrado no programa Lisboa na Rua.
Para a presidente da EGEAC, Joana Gomes Cardoso, “o Open House é uma forma intimista e democrática de conhecer o património público e privado das cidades, com múltiplas visitas abertas a qualquer pessoa”, estebelecendo-se assim como “uma oportunidade única para conhecer Lisboa de uma forma diferente da habitual, e também para refletir sobre as transformações da cidade”.
Patrícia Robalo é arquiteta pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, vive e trabalha na capital e é doutoranda na Faculdade de Arquitetura do Porto, com investigação sobre a construção metropolitana de Lisboa.
Lançada em 1992, em Londres, a rede internacional Open House Worldwide reúne, em 2019, um total de 46 cidades em todo o mundo, sendo este ano as novas cidades aderentes Brno (República Checa), Tallinn (Estónia), Valência (Espanha) e Nápoles (Itália).
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