“Os diferentes locais são sem dúvida uma das marcas identitárias do festival, e este ano atingimos o 30.º espaço diferente utilizado para espetáculos desde 2004, uma vez que a Igreja de Santa Maria será uma estreia”, disse à agência Lusa Rui Pedro Dâmaso, da direção da Associação Cultural Ou.tra, que organiza o festival.
Na 14.ª edição do Out.Fest, de 04 a 07 de outubro, serão cerca de duas dezenas as atuações em vários locais do Barreiro como a Igreja de Santa Maria, o Museu Industrial Baía do Tejo e o Auditório Municipal Augusto Cabrita.
“As motivações prendem-se obviamente com a vontade de levar as pessoas a descobrir a cidade de outra forma, noutros contextos, e associar a memória e património material e imaterial com a música que programamos”, salientou.
O Out.Fest, que tem um orçamento de cerca de 50 mil euros, espera números próximos dos 2000 espetadores nas quatro noites do festival.
“Já há alguns anos que estamos num determinado patamar, em termos de espetadores, de qualidade do cartaz e de organização, mas face às expectativas que tínhamos no início, em 2004, claro que foi surpreendente para nós. Sobretudo porque nunca pensámos estar por aqui passados 14 anos, e ainda com tantas ideias para concretizar e tanto espaço por onde crescer”, defendeu.
Do cartaz deste ano fazem parte grupos como Pere Ubu ou os This Heat, ambas com carreiras iniciadas ainda na década de 1970, bem como os nova-iorquinos Black Dice e Charlesmagne Palestine e o músico português Sei Miguel.
“A título pessoal destacaria a colaboração entre o compositor Jonathan Saldanha e o Coral TAB, constituído por trabalhadores da autarquia, que é um excelente exemplo de envolvimento entre a população local e o festival - e que será o concerto de abertura desta edição”, disse.
Produzido pelas associações culturais OUT.RA e Filho Único, o Out.Fest tem toda a programação disponível.
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