Júlio Fogaça (1907-1980) foi membro do secretariado do Partido Comunista Português, preso e deportado para Colónia Penal do Tarrafal, na ilha cabo-verdiana de Santiago, na época território ultramarino português.
Sobre a obra, as Publicações D. Quicote adiantam: "Ao longo de 24 capítulos, numa escrita disruptiva a que Lobo Antunes já nos habituou, o leitor é levado a interrogar-se sobre a verdadeira identidade desse protagonista", abordando "temas como o tempo, a memória e a identidade, caros ao autor, estão também presentes neste livro”.
"Todavia, a verdadeira pedra angular da narrativa é a descoberta de um livro antigo, que está na origem do título do romance, e que origina uma surpreendente oscilação gráfica entre o português atual e o português do final do século XIX", segundo a editora.
Este é o 36.º título do autor de 78 anos, contando com cinco livros de crónicas. Natural de Lisboa, António Lobo Antunes estudou na Faculdade de Medicina de Lisboa e especializou-se em Psiquiatria, que exerceu durante vários anos.
Mobilizado para o serviço militar, em 1970, embarcou para Angola no ano seguinte e regressou a Lisboa em 1973. No final da década de 1970, inicia a sua produção literária, com a publicação dos romances "Memória de Elefante" e "Os Cus de Judas", em 1979, seguindo-se "Conhecimento do Inferno" (1980), livros "marcadamente biográficos, e muito ligados ao contexto da guerra colonial".
"Dicionario da Linguagem das Flores" sucede a "A Outra Margem do Mar”, editado no ano passado.
"Todo o seu trabalho literário tem sido, ao longo dos anos, objeto dos mais diversos estudos, académicos ou não, e dos mais importantes prémios, nacionais e internacionais", referem as Publicações D. Quixote, lembrando que a sua obra encontra-se traduzida "em inúmeros países".
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