Além da estreia da peça “Concerto para Dois Pianos”, de Mário Laginha, o programa inclui as Baladas n.º 1, op. 23, de Chopin, na sua abordagem clássica, por Pedro Burmester, e numa versão de Mário Laginha, pelo próprio, e ainda “Grande Tango”, de Piazzolla, a versão para piano de “Prélude à l’après-midi d’un Faune”, de Debussy, e de “La valse”, de Ravel.
Este concerto é o ponto de partida para uma digressão dos dois músicos com datas já agendadas para a Casa da Música, no Porto, no dia 03 de fevereiro, para o Cineteatro de Estarreja, no dia 03 de março, e ainda no dia 17 de março, na Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão, e, no dia 07 de abril, no Teatro Viriato, em Viseu.
Os dois músicos, com formações académicas e percursos artísticos distintos, têm atuado juntos regularmente nos últimos vinte anos, tendo editado o álbum “Duetos”, em 1994, e constituído, com o pianista Bernardo Sassetti (1970-2012), o projeto “3Pianos”, que deu origem ao CD e DVD homónimo, de 2007, gravado ao vivo no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Em novembro último, os dois pianistas apresentaram-se no Festival de Jazz de Montevidéu, na Usina del Arte, em Buenos Aires, e no Teatro Bradesco, em Belo Horizonte, no Brasil.
Professor na Universidade de Aveiro, na Escola Superior de Música do Porto e na Escola Profissional de Espinho, Pedro Burmester, 54 anos, afirmou numa entrevista à agência Lusa que esta sua faceta docente “é tão importante quanto a de intérprete”.
Aluno de Helena Sá e Costa, terminou o Curso Superior de Piano do Conservatório do Porto com 20 valores, em 1981. Posteriormente trabalhou nos Estados Unidos, com os pianistas Sequeira Costa, Leon Fleisher e Dmitry Paperno, e frequentou ‘masterclasses’ com pianistas como Karl Engel, Vladimir Ashkenazy, Tatiana Nikolayeva e Elisaberh Leonskaja.
Detentor de vários prémios nacionais e internacionais, Burmester é docente na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, no Porto, na Escola Profissional de Música de Espinho e na Universidade de Aveiro.
O pianista conta com uma discografia de dez títulos, que inclui três CD a solo com obras de Bach, Schumann e Schubert, um em duo com Mário Laginha e três gravações com a Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Mário Laginha, 57 anos, tem uma carreira de mais de duas décadas no jazz, em nome próprio e em partilha com outros artistas, como Maria João, Carlos Bica e Miguel Amaral.
Em finais de setembro do ano passado, o pianista editou o CD “Setembro”, com o saxofonista inglês Julian Arguelles e o baterista norueguês Helge Andreas Norbakken.
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