“Uma experiência única onde o quinteto vai percorrer os seus três discos na totalidade e por ordem cronológica”, pode ler-se num comunicado divulgado hoje pela promotora da banda, que indica que o concerto vai ter Obsidian Kingdom a abrir.
No dia seguinte, a banda atua no RCA, em Lisboa, no caso a abrir para Obsidian Kingdom, preparando o arranque da digressão europeia, que tem o começo marcado para 27 de janeiro em Varsóvia, na Polónia, a acompanhar os austríacos Harakiri for the Sky e os suíços Schammasch, numa ‘tournée’ com 18 datas.
“Esperem tudo desta noite [de 12 de novembro], mas preparem-se para sair das portas do Hard Club com a certeza de que presenciaram algo único e repleto de atitude para com todos vós”, escreve a banda portuense no comunicado hoje divulgado.
Para além da digressão, em 2022, o grupo tem já confirmadas atuações em festivais como o Resurrection Fest, na Galiza, o alemão Wacken Open Air ou o francês Hellfest.
Criados em 2016, a discografia dos portugueses, composta por um EP (homónimo, de 2016) e por dois álbuns (“Unsettling Whispers”, de 2018, e “Limbo”, de 2020), foi sempre editada no estrangeiro, primeiro pela italiana Everlasting Spew e depois pela indiana Transcending Obscurity, chegando no último registo a uma das maiores editoras mundiais do género, a Season of Mist.
Em declarações à Lusa em maio do ano passado, aquando do lançamento de “Limbo”, um dos membros da banda, que atuam de cara tapada e afirmam não querer dar a conhecer as suas identidades, reconheceu que podia dizer que não estavam à espera desta afirmação internacional tão rápida, mas “a verdade é que [trabalharam] para isto”.
“Não quer dizer que te pudesse dizer, [em 2019], que estaríamos na editora em que estamos e que teríamos uma ‘tour’ anunciada para o próximo ano com uma das maiores agências europeias de ‘booking’ de metal extremo, mas a verdade é que nunca deixámos de acreditar neste projeto, mesmo nos momentos mais complicados”, afirmou o músico, salientando que o grupo “trabalha diariamente a todo o custo para isto”, dando como exemplo o facto de serem os próprios a enviar as encomendas que recebem do público e de estarem “sempre a pensar em formas de fazer essas encomendas mais ‘bonitinhas’ para as pessoas que as recebem em casa”.
Assumidamente influenciados pela escrita do norte-americano Thomas Ligotti, um dos mais influentes autores de horror – e em especial horror cósmico – da viragem entre o século passado e o atual, os Gaerea encontram referências artísticas noutros nomes literários como José Saramago, mas também nas artes visuais de Bill Viola e Denis Villeneuve, entre outros.
Comentários