Considerado o maior prémio de arquitetura da Península Ibérica, é organizado pela International Network for Traditional Building Architecture and Urbanism (INTBAU).
Os arquitetos portugueses Alberto Castro Nunes e António Maria Braga foram premiados “pelo seu forte compromisso em preservar as tradições arquitetónicas portuguesas”, segundo um comunicado divulgado pela organização.
“O uso de materiais naturais e técnicas de construção que moldam a identidade de cada lugar” nos projetos dos dois arquitetos também foi valorizado pelo júri internacional.
“As suas obras são caracterizadas por durabilidade, sustentabilidade e beleza. Cada uma constitui um verdadeiro manifesto de respeito pela cultura local, da recuperação do equilíbrio com a natureza e a dedicação à comunidade”, justificou o júri.
Entre as obras dos galardoados estão os Julgados de Paz de Vila Nova de Foz Côa; o Museu Arqueológico de Odrinhas, em Sintra, junto às ruínas romanas escavadas em torno da ermida de São Miguel; a Escola de Artes e Ofícios de Odrinhas ou a sede da Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, entre outras.
O Prémio Rafael Manzano é organizado pela rede INTBAU da Fundação do Príncipe de Gales e foi criado pelo filantropo norte-americano Richard H. Driehaus, que tem especial admiração pela arquitetura da Península ibérica.
Foi criado em Espanha em 2012, e em 2017 foi instituído em Portugal através da parceria com a Fundação Serra Henriques, sob o Alto Patrocínio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Paralelamente, a The Richard H. Driehaus Charitable Lead Trust criou um concurso para apoiar a recuperação do património em pequenas localidades e um prémio para dar visibilidade a mestres e ofícios da construção tradicional.
Estas iniciativas já totalizam donativos na ordem dos dois milhões de euros, segundo a organização.
Na quinta-feira, 17 de outubro, terá lugar a entrega do prémio aos vencedores na Real Academia de Belas Artes de San Fernando, em Madrid, Espanha.
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