Pela primeira vez no É Desta Que Leio Isto, vamos debruçar-nos sobre um género inédito para o clube: a crónica. Para tal, teremos Capicua como convidada do próximo encontro do nosso clube de leitura, a ocorrer no dia 27 de outubro, pelas 21h.
Para esta sessão, a proposta é lermos "Aquário", a sua coletânea de crónicas publicadas na revista Visão entre 2015 e 2021, emparelhada com "A Invenção Ocasional", coleção de textos que a escritora italiana Elena Ferrante publicou no jornal britânico The Guardian entre 2018 e 2019.
No seu passaporte consta Ana Matos Fernandes, mas Portugal e o Mundo conhecem-na principalmente pelo seu nome artístico. Nascida e criada no Porto, Capicua é um dos grandes nomes da música rap nacional, sendo conhecida pelas suas letras ora emotivas, ora politicamente engajadas, com frequência unindo essas duas características.
Além de já ter lançado duas mixtapes ("Capicua Goes Preemo", 2008, e "Capicua Goes West", 2013) e três álbuns em nome próprio e um disco de remisturas ("Capicua", 2o12, "Sereia Louca", 2014, "Medusa", 2015 e "Madrepérola", 2020), a rapper integrou também o projeto colaborativo luso-brasileiro Lingua Franca, com os seus congéneres Emicida, Rael e Valete.
A sua relação com a palavra escrita vai além das rimas que escreve para os seus projetos, assinando letras para intérpretes como Gisela João, Aline Frazão, Ana Bacalhau, Camané e Clã e tendo uma formação em Sociologia, no ISCTE, e um doutoramento em Geografia Humana, tirado em Barcelona.
Da sua colaboração com a revista Visão surgem as crónicas que compõem "Aquário", uma coletânea que é "uma caixa de bombons em forma de livro", como descreve a editora, Companhia das Letras "Crónicas, pequenos textos, poemas e algumas letras, para rir, chorar e acenar com a cabeça em jeito de concordância - às vezes, surpreendidos por não termos reparado no mundo como Capicua faz", lê-se na síntese da obra.
Para esta sessão, Capicua traz também "A Invenção Ocasional". Editada em Portugal pela Relógio d'Água e adornada por ilustrações de Andrea Ucini, esta coleção de textos de Elena Ferrante para o The Guardian surgiu de uma premissa simples: "fiz saber à redacção que aceitaria a proposta se me fosse enviada uma série de perguntas, a cada uma das quais, por sua vez, eu responderia respeitando os limites do espaço que me fosse fixado", como se lê na introdução assinada pela misteriosa escritora italiana.
Para se inscrever no encontro basta preencher o formulário que se encontra neste link. No dia do encontro receberá um e-mail com todas as instruções para se juntar à conversa.
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