Façamos o seguinte exercício: contemos quantas bandas formadas na loucura da década de 60 conseguiram sobreviver até hoje, continuando a encher salas, a lançar discos e a serem descobertas pelas gerações mais novas. Temos os Rolling Stones, evidentemente. Os The Who, mesmo que já só sobrem dois membros originais. Que mais? Os Beach Boys, que até vêm a Portugal este ano, não entram nestas contas – não lançam um disco desde 2012. Idem para os King Crimson, que não o fazem desde 2003. Sobra quem? Melhor: fora do contexto anglófono, sobra quem? Os Mutantes, hoje um brinquedo exclusivo de Sérgio Dias? Os Kraftwerk, que o são de Ralf Hütter?
E depois lembramo-nos. Então e os Scorpions? Não são britânicos nem norte-americanos, não voltaram para vender t-shirts ou vinis velhos após anos de ausência, não deixaram nunca de espalhar aquilo a que o guitarrista Rudolf Schenker, cujo corpo não acompanha a idade, chama de «paz, amor e rock n' roll». Estranha banda esta: desde 1965 a dar cartas e no entanto tendemos a não os ver como “veteranos” ou, pelo menos, não tão veteranos como todos os nomes supracitados. A culpa talvez resida no facto de os Scorpions só se terem tornado realmente populares – no sentido pop da coisa – na década de 80, quando 'Still Loving You' levou a um baby boom em França, e quando 'Wind of Change' foi banda-sonora para o reencontro entre alemães de Leste e Oeste.
Mas os Scorpions têm toda uma história antes da queda do Muro. E ela começa em 1965, quando Schenker, inspirado pelos Beatles e pelos Rolling Stones, decide formar a sua própria banda. Os primeiros anos não foram fáceis, e a sorte dos Scorpions só começa a mudar quando Klaus Meine, ainda hoje o seu vocalista, se junta ao grupo, juntamente com Michael Schenker, irmão mais novo de Rudolf. O primeiro disco, “Lonesome Crow”, é editado em 1972 e mostra uma sonoridade mais próxima do rock psicadélico e do peso ríffico de Jimi Hendrix, levando os britânicos UFO a convidá-los para fazer as primeiras partes dos seus concertos. Os mesmos UFO acabariam por levar consigo Michael Schenker, deixando os Scorpions sem guitarrista. A digressão só se pôde completar com a ajuda de Uli Roth.
Convidado a juntar-se aos Scorpions, o mesmo Uli Roth recusa, e a banda chega a um fim abrupto. Mas os rumores dessa morte provariam ser manifestamente exagerados. Rudolf não queria deixar de trabalhar com Uli, e então junta-se aos Dawn Road, grupo em que este militava. Klaus Meine depressa lhe seguirá os passos e, por uma questão de conveniência, os Dawn Road passarão a vestir a pele – e o nome – Scorpions, abandonando o psicadelismo pelo rock puro e duro. Em 1975, um outro nome irá começar a trabalhar com os Scorpions, o do produtor Dieter Dierks, que os empurra para uma direcção mais metálica, começando com “In Trance” e passando por “Virgin Killer”, disco que hoje é conhecido por motivos extra-musicais: a capa original, mostrando uma rapariga pré-adolescente nua, foi proibida em diversos países e valeu aos Scorpions acusações de distribuição de pornografia infantil.
Enquanto a revolução punk ia explodindo, os Scorpions mudaram de editoras e lançaram, em 1979, o disco que começou a cimentar o seu sucesso global: “Lovedrive”. A mistura de temas hard rock com baladas melódicas provou ser bastante eficaz, sobretudo nos EUA, país onde os Scorpions ainda não tinham conseguido penetrar. Em 1984, e já depois da exposição obtida via MTV – que transmitiu o concerto que os Scorpions deram no US Festival, na Califórnia, que juntou 375 mil pessoas – o grupo edita “Love at First Sting”, casa para o grande clássico que é 'Rock You Like a Hurricane'. O disco acaba por se tornar dupla platina, poucos meses depois. Em 1988, tornam-se na segunda banda ocidental a atuar na então União Soviética, país onde regressam em 1989. E, em 1991, com 'Wind of Change' a ser lançada enquanto single, os Scorpions deixam de ser “apenas” uma banda rock para passar a ser, também, um elemento de análise geopolítica. A canção, que celebra as reformas de Gorbachev, tornou-se num dos singles mais vendidos por todo o mundo e ficou, para sempre, associada ao fim da Guerra Fria.
Passaram-se mais de 30 anos desde 'Wind of Change', a queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviética. De 2019 para cá, o mundo passou por uma pandemia, pela saída de Donald Trump da presidência dos EUA e por uma guerra na Ucrânia. Há espaço para a «paz, amor e rock n' roll»? Os Scorpions parecem acreditar que sim. Sobretudo no rock n' roll, tendo dado ao seu novo álbum de estúdio o título de “Rock Believer”. O disco foi trabalhado ao longo dos últimos três anos, tendo sido gravado na Alemanha, e com todas as dificuldades impostas pela covid-19. Terá valido a pena a espera: “Rock Believer” tem sido elogiado pela crítica especializada, e canções como 'Peacemaker' mostram que o grupo ainda sabe rockar como quando miúdos.
É este o álbum que os Scorpions virão mostrar em nova incursão por Portugal, para um concerto na Altice Arena – sem esquecer, naturalmente, os velhos êxitos. Para aquecer os ossos após tanto tempo afastados dos palcos, os Scorpions mudaram-se temporariamente para Las Vegas, para uma série de concertos antes da sua nova tour. Foi a partir daí e durante um intervalo entre datas que Rudolf Schenker esteve à conversa com o SAPO24, sempre de sorriso no rosto e sotaque alemão carregadíssimo, mesmo depois de alguns problemas na ligação (que terminaram com um convite para ir aos bastidores da Altice Arena, a 10 de maio, para beber uma cerveja e aprender a usar o Zoom). Questões óbvias, o rock n' roll. Questões tristes, a guerra. Garantias: «Mal podemos esperar para vos dar rock». E paz, e amor. Também são importantes.
"Queríamos mostrar que na Alemanha existia uma nova geração, que não vinha com tanques e com a guerra, e sim com guitarras e com paz, amor e rock n' roll!"
Como tem sido a vossa experiência em Las Vegas?
Fantástica. Incrível. É o melhor que pode haver, depois deste período de merda que tivemos com a pandemia. Agora, estamos de volta à música, temos fãs à nossa frente, sem máscara, cheios de força, a curtir a música. Porque a música é vida! Que seria do mundo sem ela?
Esta [Las Vegas] também é uma situação fantástica, porque estando nove vezes no mesmo sítio conseguimos trabalhar a sério na produção. Podemos trabalhar de forma minuciosa, ter tudo perfeito. Mas não perfeito a 100%, porque isso seria aborrecido... As pessoas daqui são simpáticas, são loucas. O tempo está solarengo, às vezes faz frio, às vezes faz vento, às vezes está muito calor... Pelo que temos tudo aquilo de que precisamos para rockar Portugal!
Antes do vosso primeiro concerto em Las Vegas, a 26 de março – que foi o vosso primeiro concerto desde o início da pandemia –, sentiam-se mais nervosos, ou mais felizes?
Nervosos! Porque o que interessa é voltar a entrar na onda. Isso não é algo que se possa ensaiar. Quisemos dar um concerto para os trabalhadores aqui do hotel, mas disseram-nos que não, por algum motivo, pelo que basicamente foi como mergulhar em água fria – só que a água não estava tão fria assim, e também não muito quente, o que foi bom. Foi do género, “toca a acordar!”.
Gostámos muito de tocar perante um público. Isso é muito importante para um músico, para a inspiração. Quando pensas que podes fazer música a partir da sua sala, criar... Precisas de ter pessoas à tua volta para te sentires inspirado.
"Adoramos tocar em Portugal"
Numa entrevista de 2014, contas que o patrão da editora RCA nos anos 70 vos disse que «o mercado norte-americano não é como vocês». Estes concertos em Las Vegas – uma cidade que está ligada desde sempre à indústria de entretenimento norte-americana, desde a era Rat Pack – provam de uma vez por todas que ele estava equivocado?
Os tempos mudaram. O tipo da editora disse-nos, à altura, para primeiro vendermos discos nos Estados Unidos e depois pensar em seguir em frente. Foi o que ele realmente nos disse. E, desse ponto de vista, ele estava certo. Porque haveríamos de tocar nos Estados Unidos se não vendíamos discos? No final, especialmente após deixarmos a RCA, acabámos por lhes mostrar que estavam enganados. Lançámos o “Lovedrive”, que chegou ao top 50 nos Estados Unidos*, e tivemos a nossa oportunidade nesse país.
Lembro-me que o nosso primeiro concerto foi em Cleveland, no estádio de basebol, diante de 40 mil pessoas, num festival de música [o World Series of Rock]. Abrimos para os AC/DC, Thin Lizzy, Journey, Aerosmith e Ted Nugent. E as pessoas adoraram-nos, e compraram mais discos nossos. Tem sido essa a nossa vida! [Desde então], tocámos em 40 países... Li uma entrevista, não sei se com o James [Hetfield] ou o Kirk [Hammett] dos Metallica, em que lhe perguntam em quantos países já atuou. E a resposta foi: «não tantos quanto os Scorpions». Tocámos em todo o lado! Queríamos mostrar que na Alemanha existia uma nova geração, que não vinha com tanques e com a guerra, e sim com guitarras e com paz, amor e rock n' roll. É essa a manchete da nossa vida. E é por isso que estamos cá há mais tempo que a maioria das bandas. Só estamos atrás dos Rolling Stones!
Em relação a essa citação, de acordo com o Setlist.fm, os Scorpions já tocaram em 76 países...
Tens a certeza? [risos] Tenho de falar com o tipo que me preparou o Zoom para esta entrevista. Hoje vou dar-lhe trabalho: contar os países todos...
Ia perguntar-te em que país gostarias de tocar, de entre todos aqueles onde nunca tocaram.
Tivemos uma oportunidade para tocar na África do Sul, mas foi na altura do apartheid, um período horrível. Não quisemos tocar lá, não era correto. Nesse caso, decidimos esperar até ser a altura certa. Pelo que a África do Sul seria um bom sítio. Mas não sei. Teria de pensar sobre isso. Tocámos na China, tocámos em [quase] todos os países da América do Sul...
Em Marrocos, na Mongólia...
Na Mongólia, tocámos na praça central [de Ulã Bator]. Estavam 100 mil pessoas. Foi uma daquelas situações que mudam a tua vida.
Este concerto na Altice Arena será o 25º em Portugal.
Sim, eu sei! Adoramos tocar em Portugal.
Quais são as melhores memórias de Portugal?
Um festival no Porto [Festival Imperial, em 1997]. Estava no hotel e conseguia ouvir o barulho que faziam no recinto, mas só tinha vista para uma ponte e por trás dela estava o festival, julgo. Lembro-me desse porque o Klaus teve um pequeno problema com a voz; estava engripado e a tentar por a voz em forma. Fomos para o festival, começámos a tocar... Fomos fantásticos, e o público também.
Nestes concertos em Las Vegas, incluíram cinco canções do “Rock Believer” no alinhamento: 'Rock Believer', 'Gas in the Tank', 'Seventh Sun', 'Peacemaker' e 'When You Know (Where You Come From)', juntamente com os clássicos do costume.
Tirámos a 'When You Know...' do alinhamento, porque era demasiado curta, e porque já tínhamos a 'Send Me An Angel' e a 'Wind of Change' não queríamos incluir uma terceira balada. Reparámos que as pessoas ficavam menos eufóricas. Escolhemos tirar essa porque o público já ouviria suficientes canções novas, e na sua maioria quer ouvir os clássicos. Mas é importante para nós que ouçam as novas, porque este álbum tem um título incrível e nós acreditamos no rock...
Este é o primeiro álbum com o Mikkey Dee, ex-Motörhead, na bateria. O que é que ele trouxe à banda, em termos de composição e presença em estúdio, que não estava lá antes?
Não sei dizer ao certo, porque tivemos a pandemia. Isso mudou tudo. O que demos de nós ao álbum foi ainda mais forte. Em vez de gravar em Los Angeles, gravámos em Hanôver. O produtor norte-americano [Greg Fidelman] não pôde vir à Alemanha, assim como nós não pudemos ir aos EUA. Pelo que recorremos ao impulso que sentimos depois de termos ficado deprimidos por termos de cancelar concertos. Estávamos em Singapura e daí voaríamos para as Filipinas, para um concerto em Manila, que foi cancelado. Na viagem de regresso, pensámos: que podemos fazer? Como queríamos gravar um disco, foi o que fizemos.
O bom deste disco é que o Klaus escreveu primeiro as letras, o que me obrigou a seguir um processo composicional diferente. Neste caso, elevei as letras, porque sabia o que tinha que tocar. Compus uma banda-sonora para as letras. Foi muito bom poder sair da minha zona de conforto. Quando tocámos em estúdio, reparei que o Mikkey Dee tem a capacidade de, em milissegundos, dar um impulso à batida, é por isso que este álbum soa tão fresco, porque ele consegue tocar de forma descontraída e de forma agressiva... Como no karaté, sabes? Quatro milissegundos à frente. E fica tudo [começa a bater palmas, marcando o compasso] no ponto.
"Os Scorpions são isso. Há 50 anos a acreditar no rock"
Essa frescura é de alguma forma uma vingança por estes dois anos de pandemia, em que tiveram de ficar em casa?
É o que te queria dizer. Não tínhamos futuro... Adiámos os concertos em Las Vegas por um ano, depois um ano não foi suficiente, e dois anos depois... Mas usámos esse lado negativo, e transformámo-lo em positivo. Invertemos a polaridade. Pensámos: como não conseguimos fazer nada no exterior, façamo-lo no interior. Vamos fazer o nosso álbum pela vida. O produtor não pode vir? Fazemo-lo nós. Temos história, temos experiência, temos que acabar o disco. Voltámos ao ADN original dos Scorpions. Não estava lá ninguém connosco. Não havia “cozinheiro”. É como dizem: ter demasiados cozinheiros estraga a sopa**.
Optámos por manter as coisas mais básicas, e o Mikkey, como fã de longa data dos Scorpions, fez a sua parte. Gravámos tudo ao vivo, em estúdio. Foi muito divertido. Dá para sentir a energia dele. Juntou-se a nós na altura certa. Lamento pelo Lemmy, mas... Obrigado, Lemmy! Fizemos o melhor que podíamos ter feito. Não dá para o avaliar no sentido de ser álbum de platina, ou de ouro, porque agora está tudo no streaming. É um mundo novo, mas com música rock. Os Scorpions são isso. Há 50 anos a acreditar no rock.
"Apoio a paz, porque através da minha esposa sei aquilo que as pessoas na Rússia pensam realmente, a forma como as afetou. Nós gostamos da Ucrânia, tocámos nos dois sítios, gostamos das pessoas de ambos os sítios"
Reeditaste recentemente a tua autobiografia, “Rock Your Life”, que conta com um prefácio escrito por Paulo Coelho. Como é que vocês se conheceram?
Foi através da esposa dele, numa exposição em Paris. Ela é pintora. Fomos vê-la, e eu a dada altura disse à minha esposa que tinha que ir à casa de banho. À medida que vou a andar, ouço [começa a cantar]: Still loving youuuuu... Olho em volta, e era o Paulo Coelho! Foi inacreditável! Disse-me que nos tinha visto na primeira edição do Rock In Rio, em 1985. É um grande fã. Tornámo-nos amigos, dizemos que somos irmãos de alma. Desde então que sou sempre convidado para ir às festas dele. É um grande homem, fantástico, uma pessoa extremamente divertida.
Agora, uma questão mais triste: sendo tu alguém que tem uma ligação tão forte com a Rússia – os Scorpions tocaram lá por diversas vezes, a tua esposa é russa –, como é que a guerra te tem afetado pessoalmente? Num destes concertos, chegaram a mudar um dos versos de 'Wind of Change'...
[Essa alteração] foi algo de que não gostei muito. Foi deitar achas para a fogueira. Eu apoio a paz, porque através da minha esposa sei aquilo que as pessoas na Rússia pensam realmente [sobre a guerra], a forma como as afetou. Nós gostamos da Ucrânia, tocámos nos dois sítios, gostamos das pessoas de ambos os sítios. Não quero apoiar política alguma, dizer que um ou o outro são maus. Claro que a guerra é uma merda! É essa a ideia na génese da 'paz, amor e rock n' roll'. Andámos pelo mundo a dizer, 'ouçam, a Alemanha aprendeu as suas lições, agora temos música e não armas'. É uma situação horrível, particularmente para o Klaus, que compos a 'Wind of Change'. Na sua versão original, esta canção ainda é importante para os dois lados. Não apoio apenas um lado, nunca se sabe o que está a acontecer por detrás da cortina.
Mencionei isso porque, no vosso website, há vários fãs – supostamente russos – a criticar o facto de terem alterado o verso...
Claro que há! Mas eu não a compus, só toco guitarra.
Não estou a julgar-te, atenção...
Eu sei que não estás. Mas é como te disse: não quero deitar achas para a fogueira. Sim à paz! Outra frase boa: as palavras são melhores que as balas. Nesta situação, será a melhor forma de fazer com que aconteça algo. Não sei o que se está a passar, sinto-me triste pelos dois lados, pelos russos e pelos ucranianos. Isso é claro como água. Porque conheço as pessoas. É uma situação triste, 32 anos após a 'Wind of Change'.
"As pessoas agora percebem que nada é garantido. Quando estiveres num concerto, desfruta, aceita, sê parte dele"
Sobre a 'Wind of Change': chegaste a ouvir o podcast do jornalista Patrick Keefe?
Não, mas o Klaus ouviu. Como podes ver, a partir de qualquer história dá para criar uma diferente. Até há pessoas que acreditam nelas! [risos] Demasiada informação não é informação.
O podcast parte de uma premissa aparentemente ridícula, mas não é também prova de que os Scorpions ainda conseguem, tantos anos depois, evocar uma aura de mistério, de maravilha, à sua volta?
Claro que sim! Porque foi uma maravilha ver o mundo inteiro a juntar-se... E nós estávamos dentro dela! [risos] Tocámos no Muro, fomos convidados pelo Sr. Gorbachev.
Têm alguma coisa preparada para o 60º aniversário da banda, daqui a três anos?
Não, aprendemos com a pandemia, com a guerra e com tudo o mais que não dá para planear tudo. Nada de planos para hoje: podemos ser felizes, que é o que tenho estado a tentar dizer ao longo da entrevista. Não acreditámos, até ao último segundo, que tocaríamos em Las Vegas. Nada de planos! Sejam flexíveis com o tempo. Façam de cada situação o melhor que puderem. Temos tantos problemas no mundo que temos de estar constantemente alerta, temos de reagir de forma positiva.
Carpe diem, portanto.
Exatamente. Vivam o agora. Desfrutem do que podem. Amanhã poderá haver guerra. Ou um meteorito... Agradeçam por terem saúde, por poderem viver, por poder ter dinheiro suficiente para viver.
Para terminar, alguma coisa que queiras dizer aos vossos fãs em Portugal?
Mal podemos esperar para vos dar rock, como um furacão! Crentes do rock, venham e é isso que faremos. Digo-te uma coisa: a atmosfera aqui ontem foi fantástica. As pessoas agora percebem que nada é garantido. Quando estiveres num concerto, desfruta, aceita, sê parte dele.
* 55º lugar, na verdade.
** Provérbio alemão, equivalente ao nosso “muita parra, pouca uva”.
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