São frequentes em jardins, parques, museus, cafés e em todos os outros sítios onde existem seres humanos com um smartphone. Não é invulgar que olhemos para o nosso lado e vejamos alguém a puxar do bolso um telemóvel e esticar o braço: está a tirar uma selfie.
Os números da Google indicam que só em 2014 foram registadas mais de 93 milhões de selfies, apenas com smartphones Android. Mas a conclusão deste estudo mostra que não são muitos os que gostam de as ver. Grande parte dos participantes (82%) revelou que preferiam ver menos auto-retratos e mais outros géneros fotográficos nas redes sociais.
Entre as milhões de selfies, o estudo conclui que quem fotografa considera as suas próprias selfies como sendo autênticas, mas acusa a dos outros como sendo meramente superficiais.
Este paradoxo é explicado por uma teoria da psicologia que remonta aos anos 70: o viés egoísta. De acordo com Sarah Diefenbach, da Universidade Ludwig-Maximilians, tendemos a colocar os nossos comportamentos como sendo os mais corretos, mas os comportamentos das outras pessoas como mais incorretos e menos respeitáveis. Quer isto dizer que quando tiramos uma selfie consideramo-la autêntica, embora quem esteja a ver possa acusar-nos de um certo narcisismo. E o estudo indica que você faz o mesmo com a selfie alheia.
Há ainda outros números que se destacam: 65 a 67% das pessoas acredita que registar uma selfie tem consequências negativas para a própria auto-estima, mas há quem procure um lado positivo. Pamela Rutledge, diretora da Media Psychology Research Center argumenta as selfies podem funcionar como empurrão para o nosso desenvolvimento pessoal, já que através delas conseguimos ver o tipo de comportamento que desejamos para nós próprios.
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