Miles Astray, fotógrafo de 38 anos, subverteu a ideia de que as imagens geradas artificialmente se podem intrometer nos prémios de fotografia tradicional ao apresentar a sua própria imagem, "Flamingone", na categoria de IA de um prestigiado concurso.

A imagem mostra um flamingo "sem cabeça" — um círculo de penas cor-de-rosa em cima de duas pernas — e convenceu um painel de jurados a atribuir-lhe o terceiro lugar na categoria "Gerada por IA" dos 1839 Awards, conta o The Guardian.

Contudo, a imagem é mesmo real e Astray diz que se sentiu motivado a quebrar as regras depois de uma série de imagens geradas por IA terem ganho concursos de fotografia convencionais.

"Claro que escolhi deliberadamente uma imagem que é tão surreal, ao ponto de ser inacreditável, que poderia facilmente ser atribuída a uma ação de IA", nota.

Entretanto, o fotógrafo foi desclassificado e a organização dos 1839 Awards comentou o sucedido. "Cada categoria tem critérios distintos que as imagens dos participantes devem cumprir. A candidatura não cumpria os requisitos da categoria de imagens geradas por IA", defenderam. Mas, ao mesmo tempo, admite a "mensagem poderosa" contida nesta atitude e na fotografia de Miles Astray.