O mundo académico e os especialistas voltaram a alertar na Cimeira sobre as alterações climáticas de Glasgow para uma velha cantiga: o futuro do nosso planeta, se nada for feito, é tudo menos risonho. Cada um de nós, coletiva e individualmente, tem de fazer por mudar comportamentos. É preciso reduzir emissões. É preciso proteger o planeta. É preciso maior solidariedade entre as nações para reduzir o aquecimento global. Não nos restam grandes opções ou alternativas.
Tendo isto em conta, a Toyota quer sentar-se no lugar do condutor, assumir a liderança e desfazer tabus. Dar uma forte guinada nas práticas pouco amistosas para com o ambiente e criar um mundo onde os carros libertam água em vez de CO2. Mas não só. Através da campanha Beyond Zero, a Toyota tem como propósito construir um futuro em que a vida das cidades é gerada com recurso a energias limpas e renováveis. Um futuro em que a mobilidade bebe da inovação.
A marca, de resto, tem pergaminhos no que toca a modelos híbridos, ou não tivesse lançado há mais de 20 anos o Prius original — o primeiro carro híbrido a ser produzido em larga escala. Ou seja, a missão em torno das emissões zero começou verdadeiramente em 1997, não somente agora. Hoje em dia são mais de 20 milhões de condutores de híbridos Toyota em todo o mundo, entre versões de veículos híbridos, híbridos plug-in, elétricos e com célula de combustível.
Com Mirai, apenas água e ar limpo
Ainda que a jornada de eletrificação tenha começado no final da década de 90, com os híbridos, a Toyota pretende agora apostar no hidrogénio e levá-lo até aos autocarros, aos camiões e até a barcos. O intuito é só um: que estes não deixem nada para trás a não ser água.
Para isso, a marca conta com dois aliados: o Toyota Mirai (já no mercado) e o novo modelo bZ4X (disponível a partir de junho). O primeiro, é uma alternativa verde premium que recorre ao hidrogénio, não emite gases tóxicos e é capaz de purificar o ar; o segundo, é um SUV 100% elétrico e que mantém a aposta na mobilidade elétrica.
E, sim. Não é gralha nem leu mal. Através do primeiro sistema de purificação de ar da Toyota, os poluentes prejudiciais (dióxido de enxofre e óxido de nitrogénio) são filtrados e eliminados pela tecnologia assente no Mirai. Ou seja, a cada quilómetro de condução o ar fica mais limpo. E, ao fim 10.000 quilómetros, o Mirai quer conseguir "limpar" a mesma quantidade de ar que um adulto, em média, respira por ano.
bZ4X, para além do zero
O bZ4X é de facto um caso especial porque foi desenhado e pensado de raiz para ser um elétrico a bateria. E não é um SUV de cinco lugares qualquer: é o primeiro modelo de uma nova gama de veículos totalmente elétricos da Toyota, a bZ – beyond Zero (“Para além do zero”), nova submarca da fabricante japonesa. Apesar do valor de autonomia do bZ4X ainda não estar homologado, a Toyota aponta que o modelo terá 450 quilómetros de autonomia com apenas um carregamento, combinando ainda as potencialidades de um veículo elétrico com o design confiante e expressivo de um SUV.
No fundo, é o primogénito de uma nova família de veículos que quer marcar o início de um novo rumo na Toyota e cuja missão vai além das emissões zero dos elétricos. A gama bZ – beyond Zero quer ser o início da transformação da marca de empresa automóvel para empresa de mobilidade.
Por fim, a fabricante tem um caminho traçado desde 2015, que é atingir a neutralidade carbónica. Para isso, rege-se por seis metas, estabelecidas internamente com o Desafio Ambiental 2050, em que o objetivo primordial passa por assumir o papel de facilitador junto das pessoas e comunidades de maneira a "aprender e melhorar o contexto e o ambiente natural à sua volta".
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