Inaugurada a 11 de janeiro, a exposição recebeu 2.635 visitantes nos primeiros cinco dias e, devido à "grande afluência de público", o museu prolongou o horário até às 22h00, entre quinta-feira e sábado, penúltimo dia da mostra.
Depois de ter estado dois meses, no ano passado, no Museu Soares dos Reis, no Porto, onde recebeu cerca de 43 mil visitantes, a mostra "Amadeo de Souza-Cardoso/Porto Lisboa/2016-1916", com 81 obras, passou para o Museu do Chiado.
Estas exposições evocam as duas realizadas há um século, pelo artista, respetivamente no Porto, no Jardim Passos Manuel, de 1 a 12 de novembro de 1916, e a segunda, em Lisboa, na Liga Naval Portuguesa, de 4 a 18 de dezembro.
Na Liga Naval, em Lisboa, Amadeo conseguiu apenas o espaço da sala de leitura para as suas 113 obras, mas, no Museu do Chiado, as 81 peças que a organização conseguiu reunir são acolhidas em cinco salas.
Esta evocação das exposições realizadas pelo próprio artista no Porto e em Lisboa, há cem anos, resultou de uma proposta apresentada por Raquel Henriques da Silva, historiadora de arte e curadora da mostra, em conjunto com Marta Soares.
Almada Negreiros chegou a distribuir um manifesto no qual escrevia que a exposição de Amadeo de Souza-Cardoso era mais importante do que a descoberta do caminho marítimo para a Índia, por Vasco da Gama.
Amadeo de Souza-Cardoso vivia em Paris, mas regressou a Portugal no início da Primeira Guerra Mundial como um pintor reconhecido nos meios da vanguarda, tendo participado em exposições coletivas em Paris, Berlim, Nova Iorque, Chicago, Boston e Londres.
As duas exposições de 1916 foram as últimas feitas em vida do artista, que viria a morrer dois anos mais tarde, vítima da gripe espanhola, com apenas 31 anos.
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