Das 800 participações para esta segunda edição do CINENOVA, 13 produções portuguesas e 25 internacionais foram filtradas e vão estar competir nas categorias de Melhor Filme a Concurso e Melhor Filme Nacional, numa iniciativa da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa.

Explorando temáticas como a alienação do trabalho, a crise dos refugiados e a equidade de género, todos os filmes têm em comum o facto de terem sido realizados por estudantes universitários de 19 proveniências diferentes e de se debruçarem sobre a relação entre o Cinema e o Conhecimento.

Anastasia Lubknikova, Catarina Mourão e Luis Deltell Escolar formam o júri do prémio para Melhor Filme a Concurso (2.000€), sendo que a decidir qual o Melhor Filme Nacional (prémio de 1.000€) vão estar Joana Gusmão, Luís Mendonça e Teresa Castro.

Tendo o festival entrada gratuita, o arranque oficial ocorre no dia 4 de março, às 18:30h, com a Cerimónia de Abertura do CINENOVA 2020 a decorrer na Cinemateca Portuguesa. O evento terá a exibição de dois filmes de 2019: "Fordlândia Malaise", de Susana Sousa Dias, e "Um Ramadão em Lisboa", de Raquel Carvalheira, Catarina Alves Costa, Teresa Costa, Rodrigo Lacerda, Carlos Lima, Joana Lucas e Amaya Sumpsi.

As sessões decorrem ao longo dos três dias seguintes, sendo que no último dia ocorre a divulgação dos vencedores. Para além disso, no dia 5 será organizada uma Masterclass de Escrita e Cinema, no dia 6 é organizado o debate "Jovens Realizadores: Oportunidades e Desafios" e no dia 7 a discussão "Fiz um filme e agora?", sobre festivais e novos modos de distribuição".

A programação completa, com horários, pode ser consultada aqui.

Lucas Camargo de Barros, estudante do mestrado em Estética e Estudos Artísticos na NOVA FCSH e Coordenador da Equipa de Programação do festival, antecipa o que há para ver durante os três dias: "Temos filmes que foram exibidos em grandes festivais internacionais (como Locarno e Visions Du Réel) e que fazem a sua estreia nacional durante o CINENOVA; há curtas já reconhecidas pelos festivais nacionais (como IndieLisboa e DocLisba) e que poderão ser revistas; mas também há filmes em estreia mundial, provando que a programação do CINENOVA se mostra completamente aberta aos jovens realizadores que arriscam e procuram salas para exibir os seus trabalhos". 

Já Patrícia Lima, estudante na instituição e Produtora Executiva do CINENOVA, acredita que este festival "dá um contributo importante para um mundo onde as Universidades incentivam a criação cinematográfica, num quadro de conhecimento e reflexão". Licenciada em Ciências da Comunicação e a frequentar a Pós-Graduação em Curadoria de Arte na NOVA FCSH, a responsável explica que a primeira edição, em 2019, "revelou o potencial deste projeto e motivou a equipa". "O CINENOVA baseia-se no respeito absoluto pelas criações de todos os realizadores e na promoção da aprendizagem através do diálogo sobre cinema", assegura.

Criado por desafio da professora Margarida Medeiros e do departamento de Ciências da Comunicação da instituição, o CINENOVA é organizado por estudantes e professores universitários e apoiado pela Direção da NOVA FCSH, pelos centros de investigação ICNOVA e IFILNOVA e pela Associação de Estudantes.