“Annihilation”, que estará patente na galeria Over The Influence, é composta por 20 obras, “novas e criadas de raiz para a exposição, de vários tipos, de várias dimensões e em vários suportes”, explicou o artista em declarações à Lusa.
A maior parte das peças são retratos, “alguns gravados em velhas portas de madeira e em camadas de cartazes retirados da rua”, mas haverá também “peças com paisagens urbanas, peças em esferovite e esculturas em betão que fundem retratos e paisagens urbanas e uma instalação com cubos de metal gravados com ácido nítrico com composições que fundem retratos, paisagens urbanas e elementos gráficos e geométricos”.
Além disso, haverá “uma secção com vídeos de peças murais criadas com recurso a explosivos, e filmagens realizadas em Hong Kong, Macau, Pequim e Los Angeles”.
Fora da galeria, Vhils irá deixar três peças murais, “incluindo uma nova colaboração com Shepard Fairey”.
A primeira colaboração entre os dois artistas data de julho do ano passado, altura em que criaram em conjunto um mural em Lisboa, na parede lateral de um prédio de três andares, na rua Senhora da Glória, na Graça, a propósito da primeira exposição em Portugal de Shepard Fairey, na galeria Underdogs.
“Annihilation” será a exposição inaugural do espaço, em Los Angeles, da galeria Over The Influence de Hong Kong, onde o artista português já expôs.
A mostra estará patente de 23 de fevereiro a 01 de abril.
Depois, Alexandre Farto tem já na agenda uma exposição em Paris, a ser inaugurada a 19 de maio, no espaço Centquatre.
Esta será a terceira exposição de Vhils na capital francesa, mas “a primeira num contexto mais institucional, embora fazendo sempre a ponte com a rua”. Em Paris, tal como em Los Angeles, adiantou o artista, serão apresentadas apenas obras inéditas.
Entretanto, até 17 de março, está patente na Galeria Vera Cortês, em Lisboa, “Intrinseco”, exposição inaugurada a 01 de fevereiro, na qual Vhils utiliza pela primeira vez o plástico como suporte, numa instalação na qual faz uma “quase reflexão sobre a condição humana no espaço urbano”.
Nascido em 1987, Alexandre Farto cresceu no Seixal, onde começou por pintar paredes e comboios com 'graffiti', aos 13 anos, antes de rumar a Londres, para estudar Belas Artes, na Central Saint Martins.
Captou a atenção a ‘escavar’ muros com retratos, um trabalho que tem sido reconhecido a nível nacional e internacional e que já levou o artista a vários cantos do mundo.
Além de várias criações em Portugal, tem trabalhos em países e territórios como a Tailândia, Malásia, Hong Kong, Itália, Estados Unidos, Ucrânia, Macau e Brasil.
Em 2015, o seu trabalho chegou ao espaço, através da Estação Espacial Internacional, no âmbito do filme "O sentido da vida”, do realizador Miguel Gonçalves Mendes.
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