Os termos do acordo de livre comércio entre a UE e o bloco Mercosul, composto pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, foram acordados em 2019, mas alguns países da UE bloquearam o seu progresso, com França à frente da oposição.

Cerca de trinta manifestantes impediram a entrada de camiões que entravam na Polónia através do posto fronteiriço de Medyka, no sudeste do país.

Durante o protesto, apenas um camião foi autorizado a sair, por hora, do país em direção à Ucrânia.

O bloqueio não se aplica a carros, autocarros e transportes humanitários e militares.

Os agricultores acusam o Governo de não ter cumprido as promessas relacionadas com os impostos para o setor.

"Temos autorização para protestar até ao final do ano, mas amanhã esperamos que o ministro [da Agricultura] venha discutir connosco. Por enquanto, não queremos expandir o nosso protesto", disse à AFP Roman Kondrow, representante de uma das organizações agrícolas presentes no local.

“Em solidariedade com os agricultores ocidentais, também nos opomos à assinatura do acordo entre a União Europeia e os países do Mercosul”, acrescentou.

Segundo Roman Kondrow, "este acordo destruirá a agricultura europeia".

“Eles não respeitam as mesmas regras que nós”, declarou, acrescentando que “a mesma situação diz respeito às importações de produtos agrícolas ucranianos”.

O bloqueio ocorre exatamente um ano depois de os agricultores polacos bloquearem, pela primeira vez, a fronteira em protesto contra a chegada de produtos alimentares ucranianos ao país.

Bruxelas permitiu estas importações em 2022, o que causou perturbações no mercado agrícola e alimentar na Polónia e noutros países da região.