De acordo com uma nota de imprensa da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, no mês de junho “já haviam sido recuperados 56 mil desempregados, de acordo com os dados do INE, face ao valor mais elevado registado na pandemia (em agosto de 2020), o que significa que duas em cada três pessoas desempregadas por causa da pandemia já não se encontram nessa situação”.

“As medidas de apoio ao emprego e às empresas foram sem dúvida essenciais para amortecer uma subida descontrolada do desemprego e estão a revelar-se fundamentais para acelerarem a estabilização da atividade e o regresso à normalidade. Em junho atingimos o maior número de pessoas a trabalhar de sempre e o desemprego continua a diminuir todos os meses. Este esforço continua e por essa razão foi ontem prolongado o Apoio à Retoma até ao final das restrições pandémicas”, disse a ministra na nota de imprensa.

Segundo o documento, “os apoios extraordinários criados pelo Governo para apoiar as empresas e garantir a manutenção de postos de trabalho têm-se revelado fundamentais para o tecido económico português, e têm sido essenciais para, ao longo dos últimos 16 meses, garantir rendimentos aos trabalhadores e às famílias”.

O comunicado salienta ainda que “a população empregada atingiu em junho um máximo histórico pelo segundo mês consecutivo”.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o número de pessoas empregadas em junho era superior em quase 100 mil relativamente ao que foi registado em fevereiro de 2020, imediatamente antes da pandemia, e era superior em 36 mil pessoas relativamente ao máximo histórico registado antes da pandemia, em agosto de 2019.

O Governo decidiu na quinta-feira, em Conselho de Ministros, prolongar o Apoio Extraordinário à Retoma Progressiva enquanto existirem restrições provocadas pela pandemia, para garantir que as empresas continuam a dispor deste instrumento para manterem a sua atividade e protegerem os postos de trabalho.

Desde o início da pandemia, e ao abrigo dos diversos instrumentos criados para apoio ao emprego e às empresas (‘lay-off’, Apoio à Retoma ou Incentivo à Normalização da Atividade) da área do Ministério do Trabalho, foram pagos 2.333 milhões de euros, cerca de metade dos quais em 2021.

O Apoio à Retoma abrangeu até ao momento um total de 329 mil trabalhadores e 44 mil empresas, tendo sido feitos pagamentos no valor de 589 milhões de euros desde a entrada em vigor desta medida.

O ‘lay-off’ simplificado abrangeu um total de 899 mil pessoas e 110 mil empresas em 2020.

Este ano, foram abrangidas 57 mil empresas e 317 mil trabalhadores.

A Segurança Social pagou mais de 1.223 milhões de euros às empresas através deste instrumento.