O ataque na província central de Marib feriu ainda uma dezena de militares. O balanço do número de mortos poderá ainda subir, de acordo com as mesmas fontes, uma vez que vários feridos com queimaduras graves foram enviados para os hospitais. Marib fica a cerca de 115 quilómetros da capital iemenita, Sana.

As fontes citadas pela AP falaram sob condição de anonimato.

O ataque dos rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão, ao campo de treino militar é o último de uma série de assaltos levados a cabo nos últimos dias contra as forças governamentais, apoiadas pela Arábia Saudita, e que se saldavam até agora num total de 22 mortes em ambos os lados.

Estes confrontos são expressão de uma importante escalada das tensões na região a leste da capital depois de meses de relativa acalmia.

Hoje também, os combatentes Huthis e as forças do governo trocaram fogo de artilharia a sul do porto de Hodeida, matando pelo menos sete pessoas, incluindo dois civis, segundo Wadah Dobish, o porta-voz das forças governamentais na costa ocidental iemenita.

A mesma fonte deu conta de que zonas residenciais foram apanhadas pelo fogo cruzado indiscriminado de morteiros.

O reinício dos combates viola um acordo de cessar-fogo patrocinado pelas Nações Unidas para o porto estratégico situado na cidade costeira de Hodeida, a principal porta de entrada da ajuda humanitária e alimentação no Iémen.

Os Huthis mantiveram o controlo de Sana e uma grande parte do território iemenita no norte do país na sequência do golpe que depôs o Presidente Rabbu Mansour Hadi, em 2014.

O conflito tornou-se então numa guerra por procuração meses mais tarde, quando uma coligação liderada pela Arábia Saudita interveio para repelir os Huthis da capital iemenita e restaurar o governo reconhecido internacionalmente.

A guerra no país mais pobre do mundo árabe matou já mais de 10 mil pessoas e força a deslocação de mais de três milhões, arrastando o país para o limiar da fome severa.

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