“Estamos de acordo na estratégia: queremos ajudar os afegãos no seu país, a que fiquem no seu país. A Europa já não é lugar para eles”, afirmou o primeiro-ministro checo, Andrej Babis, resumindo o encontro com os seus homólogos austríaco, Sebastian Kurz, e eslovaco, Eduard Heger.

Após a recente tomada do poder dos talibãs no Afeganistão, a 15 de agosto, dezenas de milhares de afegãos fugiram para o Paquistão, o Irão e outros países vizinhos.

Além da Áustria, da República Checa e da Eslováquia, outros países da UE, como a Hungria ou a Eslovénia, também se recusam terminantemente a receber refugiados afegãos.

Babis adiantou que no Conselho Europeu de 06 de outubro se debaterá sobre imigração e como evitar uma entrada de refugiados como a de 2015.

O chefe do executivo checo declarou-se confiante em que se possa evitar uma entrada maciça de refugiados, mas deixou entrever que, se tal não funcionar, será necessário voltar a negociar com a Turquia, como em 2015, para que contenha os afegãos no seu território.

“Se não se conseguir, teremos que negociar com o Presidente [Recep Tayyip] Erdogan, como no passado, mas não é uma boa alternativa”, afirmou o governante checo.

O chanceler federal austríaco indicou que o seu país destinará 18 milhões de euros a ajuda humanitária para os países vizinhos do Afeganistão que acolheram refugiados.

“Não se pode repetir o que aconteceu em 2015”, reiterou Kurz.