Segundo João Paulo Saraiva, durante a apresentação do Relatório e Contas 2020 de Lisboa, estes resultados líquidos não põe em causa a sustentabilidade financeira da autarquia, “porque nos últimos anos” a CML foi “constituindo reservas de contingência” e, perante a pandemia, recorreu a essas reservas.

João Paulo Saraiva, que é também vice-presidente da autarquia, sublinhou ainda que os resultados líquidos negativos de 46 milhões de euros (ME) não tiveram “nenhum impacto nem do lado do passivo exigível, nem do lado das dívidas a fornecedores, nem do lado do prazo médio de pagamento”.

Segundo os resultados hoje apresentados, o passivo exigível da CML em 2020 foi de 359 milhões de euros (menos 22 ME do que no ano anterior e 139 ME inferior ao de 2017, quando foi iniciado este mandato autárquico).

O vereador salientou contudo que, tendo em conta a evolução relativamente ao passivo exigível, a autarquia conseguiu, “mesmo em ano de pandemia”, baixar novamente aquilo que é o passivo exigível, aumentando “a margem de endividamento”.

As dívidas a fornecedores, de 2,8 milhões de euros, foram pagas com um prazo médio de pagamento de quatro dias.

Os gastos operacionais tiveram uma ligeira variação de 1% em relação ao ano anterior, de 800 para 805 ME.

Já os rendimentos operacionais reduziram 177 milhões de euros em 2020 face a 2019.

Em 2020 entraram menos 31 ME no ‘item’ dos impostos, contribuições e taxas nas contas municipais, em comparação com 2019, um impacto explicado pela baixa do turismo e em consequência da falta de cobrança da taxa turística.

Também diminuíram os tarifários de saneamento e resíduos em 10 ME, devido à redução da cobrança nas faturas da água, num ano em que muitas empresas ficaram em teletrabalho.

Em 2020, a CML, presidida por Fernando Medina (PS), distribuiu 49,7 ME em apoios para fazer face à pandemia, dos quais a maior fatia, de 18 ME, foi destinada às famílias.

Segundo o vereador, a taxa de execução da receita do município foi de 94% e a taxa de execução da despesa de 73%.

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