“Fui informado ontem (terça-feira) à noite sobre a exposição a casos potencialmente positivos da covid-19. Como medida de prudência e também por respeito aos outros, decidi conduzir os meus compromissos de modo virtual. Também será o caso na reunião do G7 de hoje”, escreveu Jaishankar na rede social Twitter.

Antes a emissora Sky News tinha noticiado a existência de dois casos de covid-19 na delegação indiana.

A Índia, que tem enfrentado nas últimas semanas uma segunda vaga devastadora da doença, não faz parte do grupo dos países mais industrializados do mundo, mas foi convidada por Londres para participar nas discussões.

Reunidos em Londres desde segunda-feira para o seu primeiro encontro face a face em dois anos, os chefes da diplomacia da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido devem retomar hoje as suas discussões, analisando em particular a situação da saúde.

“Lamentamos profundamente que o ministro dos Negócios Estrangeiros, o dr. Jaishankar, não possa assistir presencialmente à reunião de hoje e que tenha de o fazer virtualmente”, declarou um diplomata britânico.

O Departamento de Estado norte-americano indicou, por seu turno, ter sido informado, nomeadamente por profissionais de saúde pública do Reino Unido, que os seus protocolos sanitários “permitem prosseguir com as atividades do G7 como previsto”.

“Não temos razões para crer que qualquer membro da nossa delegação esteja em perigo. Vamos continuar a seguir os conselhos dos profissionais de saúde pública e a respeitar as regras rigorosas da covid-19″, declarou o porta-voz norte-americano, Ned Price.

A Índia, o segundo país mais populoso do mundo, com 1,2 mil milhões de habitantes, registou mais de 20,6 milhões de casos de coronavírus desde o início da pandemia.

O ressurgimento da doença nas últimas semanas sobrecarregou o seu sistema de saúde e os hospitais têm falta de camas, de oxigénio e de medicamentos.

A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019 na China, provocou pelo menos 3,2 milhões de mortos no mundo, resultantes de mais de 153,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço da agência France Presse.