Catarina Martins arrancou hoje o sétimo dia de campanha para legislativas de 30 de janeiro com uma visita matinal à Feira da Senhora da Hora, Matosinhos, distrito do Porto, tendo reiterado que o partido não abdica de acabar com os duplos cortes de sustentabilidade em pensões em quem tem mais de 40 anos de carreira contributiva e mais de 60 anos de idade.

Questionada pelos jornalistas sobre se os partidos que estiveram juntos na geringonça não deveriam dar sinais nesta reta final de que se podem entender, a coordenadora do BE devolveu a pergunta ao PS com críticas ao partido liderado por António Costa.

“Eu acho que o único partido que não dá sinais é o Partido Socialista e, portanto, talvez seja bom fazer essa pergunta a António Costa, não a mim que tenho respondido com toda a clareza sobre os compromissos e sobre as soluções que o Bloco está aqui para construir no dia a seguir às eleições”, atirou.

A garantia do BE, prosseguiu Catarina Martins, é que “cada voto no Bloco de Esquerda é um voto que vai lutar para trazer justiça às pensões e a quem trabalhou toda a uma vida”.

Em relação a esta proposta das pensões, um dos pontos de pressão entre bloquistas e socialistas, a coordenadora do BE avisou que esta é “uma medida fundamental de que o Bloco de Esquerda não abdica”.

“Porque é que o PS quererá manter um regime em que pessoas com os mesmos anos de descontos, umas têm uns cortes que as outras não têm? O que é pode justificar no nosso país um sistema injusto e desigual?”, questionou.

De acordo com as contas do BE, são “42 mil pensionistas entre 2014 e 2018 que tiveram cortes nas pensões que hoje já não existem” e ainda “um em cada 10 pensionistas que hoje se reforma”.

“Não perguntem ao Bloco se podemos abdicar dessa exigência básica da democracia que é entre pessoas que trabalharam toda uma vida as regras têm de ser iguais e não pode haver duplos cortes nas pensões”, avisou.

Reiterando a necessidade de pensões justas, Catarina Martins garantiu que “a força do Bloco de Esquerda nas eleições será a garantia de que se vai avançar no que falta fazer para que todas as pessoas que têm mais de 40 anos de carreira contributiva e mais de 60 anos fiquem sem o duplo corte da pensão que é injusto, que não merecem e que não devem ter”.