A Conferência Episcopal Espanhola, que reuniu 600 pessoas em Madrid, apresentou um documento — a que a AFP teve acesso — no qual sublinha "a necessidade de discernir com maior profundidade a questão do celibato facultativo no caso dos sacerdotes e da ordenação de casados (...), também a questão da ordenação de mulheres", embora alguns desses temas tenham sido levantados apenas por algumas congregações, foi observado.

Nesse sentido, "é detetado um claro pedido de que, como Igreja, dialoguemos sobre eles para permitir um melhor conhecimento do Magistério (...) e poder oferecer uma proposta profética à nossa sociedade".

Além disso, foi também destacado que “é necessário repensar o papel da mulher na Igreja”, de forma a que lhe seja dado “maior protagonismo e responsabilidade”, especialmente nos espaços “em que são tomadas as decisões”.

A CE espanhola pedem que seja oferecido um acolhimento "mais cuidadoso" às pessoas divorciadas e que voltam a casar e também a quem tem outra orientação sexual.

“Sentimos que, como Igreja, devemos olhar, acolher e acompanhar cada pessoa na sua situação específica”, acrescentaram.

O documento, elaborado após consultas com mais de 215.000 pessoas, na sua maioria laicos, mas também padres e bispos, apresenta propostas que devem ser condensadas num documento final que será apresentado no próximo Sínodo dos Bispos no Vaticano, em 2023.

O texto é publicado alguns meses após a abertura da primeira investigação sobre abuso sexual de menores na Igreja Católica espanhola, liderada por um comité independente de especialistas.

A Igreja espanhola deu os primeiros passos ao contratar advogados para realizar uma investigação por conta própria, como já aconteceu na Alemanha e em França.

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