Em declarações à agência Lusa cerca das 08:10, Rogério Ramos, professor contratado no Agrupamento de Escolas da Cidadela, em Cascais, adiantou que este protesto foi organizado pelos docentes do agrupamento.

“Estamos aqui [cerca das 08:10] entre 30 a 40 professores e muitos alunos do agrupamento. A escola está aberta, mas não vai haver aulas porque os professores do 1.º e 2.º ciclo estão em greve/protesto. Neste momento e apesar de terem sido convidados a juntarem-se a nós não há trabalhadores não docentes a participar”, disse à Lusa Rogério Ramos.

Apesar de não estarem neste protesto apoiados por sindicatos, Rogério Ramos explicou que os motivos da greve são os mesmos de todos os docentes e que decidiram “unir forças”.

“No agrupamento nunca tinha sido feito nada nos últimos 15 a 20 anos nenhum tipo de protesto, mas depois de vermos a ação do Ministério da Educação e a não negociação e a precariedade que se mantém, decidimos agir”, contou.

Na origem do protesto está, segundo o docente, a revisão do regime de recrutamento, a progressão na carreira e a municipalização da contratação de professores.

“Temos imensos colegas aos quais não é contado o tempo de serviço, a questão das quotas do 4.º, 5.º e 7.º escalão, a questão dos auxiliares que tem ordenados muito baixos e a dos professores deslocados. Temos imensos professores do norte que estão aqui em Lisboa e que pagam 700 a 800 euros por um quarto ou 1.000 euros por uma casa e que têm de estar a usar as suas poupanças para poder dar aulas. É uma situação estranha para não dizer outra coisa”, disse.

Rogério Ramos disse ainda à Lusa que o protesto vai “durar o dia todo”.

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