A China vai reduzir o número de abortos realizados por “fins não médicos”, anunciou o país. Segundo o The Guardian, esta medida surge para evitar gravidezes indesejadas e para encorajar os homens a “partilhar a responsabilidade” em preveni-las. Assim, as autoridades chinesas visam melhorar a educação sexual e fortalecer os serviços de planeamento familiar.

“A política nacional básica de igualdade de género e o princípio de dar prioridade às crianças precisam de ser implementados em profundidade”, disse Huang Xiaowei, vice-diretora do Comité de Trabalho Nacional para Mulheres e Crianças do Conselho de Estado.

Em 2018, as autoridades de saúde chinesas alertaram que a realização do aborto para acabar com a gravidez indesejada era prejudicial ao corpo das mulheres, que corriam também o risco de infertilidade no futuro. Além disso, é de recordar que chegaram a ser feitas interrupções da gravidez com base na seleção do sexo da criança, prática proibida.

Com esta nova medida, a China parece continuar a sua política que visa agora encorajar famílias maiores, depois de anos a tentar limitar o crescimento populacional — todavia, tal não ficou completamente claro.

Em junho, o país anunciou que todos os casais podem ter três filhos em vez de dois, ao mesmo tempo em que foram introduzidas medidas para aliviar os custos financeiros das famílias.