A designada Conferência de Lugano conta com a participação de pelo menos 38 países, incluindo Portugal que estará representado pelo ministro da Educação João Costa e a própria Ucrânia com uma expressiva comitiva liderada pelo primeiro-ministro, Denys Schmygal.

Numa intervenção por videoconferência na abertura da conferência, na segunda-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou aos países democráticos para aderirem ao plano de reconstrução da Ucrânia, e o primeiro-ministro Schmygal sugeriu que os bens russos congelados devem ser usados para cobrir parte dos 750.000 milhões de dólares (mais de 718.800 milhões de euros) que poderão ser gastos no plano.

“Quem deveria pagar o plano de reconstrução, que já está estimado em 750 mil milhões de dólares?”, questionou Shmygal, citado pela AFP.

O próprio chefe do Governo respondeu que esse financiamento deve incluir os ativos russos congelados no âmbito das sanções impostas à Rússia por ter invadido a Ucrânia.

As estimativas do montante de ativos russos em causa variam entre 300.000 milhões e 500.000 milhões de dólares (entre cerda de 287.500 milhões e mais de 479.000 milhões de euros), de acordo com Chmygal.

A conferência deverá ser marcada por uma declaração comum que deve estabelecer as “prioridades, método e princípios” deste projeto de recuperação.

O líder ucraniano agradeceu à Dinamarca, que se ofereceu para reconstruir Mykolaiv (sudeste), e ao Reino Unido, pelo interesse manifestado na reconstrução da região de Kiev, a capital da Ucrânia.

Portugal vai ajudar na reconstrução de escolas na região ucraniana de Jitomir, a cerca de 150 quilómetros de Kiev, anunciou o ministro da Educação, João Costa.

“Vamos concentrar o nosso apoio numa região específica, Jitomir, onde já temos um trabalho de mapeamento de escolas onde podemos intervir”, disse à Lusa o ministro da Educação, que participa na Conferência de Lugano, na Suíça, que tem como objetivo a elaboração de um plano para a reconstrução da Ucrânia.

Na região de Jitomir os ataques terão destruído 70 escolas que, segundo João Costa, apresentam diferentes níveis de destruição e o projeto preparatório da reconstrução das escolas “já se iniciou”, num trabalho conjunto do Governo e do Ministério da Educação, através da Parque Escolar, com as autoridades ucranianas.

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