Só nos últimos três dias, o país sul-americano registou quase 725.000 notificações positivas de infeções pelo coronavírus em razão da rápida disseminação do estipe Ómicron do vírus SARS-CoV-2, que começa a pressionar o sistema de saúde pública.

Ao todo, o país sul-americano contabiliza 25.034.806 casos desde o início da pandemia, em fevereiro de 2020.

Nesta sexta-feira, o país registou 799 mortes, valor diário mais elevado desde 22 de setembro, montante que aumentou o total de óbitos provocados pela covid-19 no país para 625.884.

A estirpe Ómicron desencadeou um aumento exponencial de infeções por coronavírus no Brasil desde o início do ano, embora esse crescimento vertiginoso, por enquanto, não tenha se traduzido em aumento de mortes na mesma proporção, graças principalmente à vacinação.

Até o momento, 70% dos 213 milhões de brasileiros completaram o ciclo vacinal.

No entanto, a pressão sobre os hospitais públicos começa a aumentar, embora aqueles que precisam ser internados com quadros mais graves sejam, em sua maioria, pessoas não vacinadas ou que não completaram a imunização com duas doses das vacinas aplicadas no país.

Nesse contexto, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um dos mais prestigiados centros de pesquisa médica da América Latina, informou nesta semana que o sistema público de saúde de 19 dos 27 estados brasileiros está em alerta.

O Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes por covid-19, logo atrás dos Estados Unidos, e o terceiro com mais positivos, depois dos EUA e da Índia.

Especialistas epidemiológicos observam que as próximas semanas serão difíceis, com uma taxa de transmissão muito alta, e pediram às autoridades brasileiras que fortaleçam o sistema público de saúde para evitar que ele entre em colapso novamente.

A covid-19 provocou mais de 5,63 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A nova variante Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.