Como a Lusa avançou hoje, já não há doentes internados nos cuidados intensivos e em enfermaria encontram-se dez doentes nos três hospitais da região, nomeadamente Bragança, Mirandela e Macedo de Cavaleiros.

“Na sequência da redução acentuada de casos de covid-19 internados nos hospitais da ULS do Nordeste, esta entidade tem em curso a retoma da atividade assistencial programada, com destaque para as cirurgias”, divulgou, em comunicado.

A retoma será feira “de forma gradual”, sendo que a entidade responsável pelos serviços de saúde no Nordeste Transmontano garante que “está a agendar o reforço da atividade assistencial programada, a retomar em pleno já este mês”.

A ULS do Nordeste lembra que, agora, “o cenário é totalmente diferente” em relação à pandemia, daquele que se viveu no último ano e, sobretudo, no mês de janeiro, em que foi atingido o pico de 19 doentes nos cuidados intensivos, no dia 29, e de 104 doentes em enfermaria, no dia 27.

O primeiro caso da doença provocada pelo novo coranavírus na região foi admitido como suspeito a 12 de março de 2020 e, desde essa data, foram tratados nos hospitais da ULS do Nordeste 1.137 doentes, 171 dos quais no serviço de medicina intensiva.

“Neste momento, encontram-se internados na ULS do Nordeste, com covid-19, dez doentes em enfermaria e zero em cuidados intensivos”, realça.

Face a esta redução “de cerca de 90% entre o pico da pandemia e o momento atual”, a ULS do Nordeste informa que “a capacidade instalada a nível hospitalar foi reajustada.

Do máximo de 149 camas, das quais 128 em enfermaria e 21 de cuidados intensivos, afetas à covid-19, os serviços passam “para 51 camas, sendo 47 de enfermaria e quatro de cuidados intensivos”.

O aumento dos casos nos meses de janeiro e fevereiro obrigou a uma reorganização, nomeadamente ao nível das cirurgias urgentes, prioritárias e de ambulatório que foram concentradas nos hospitais de Macedo de Cavaleiros e Mirandela.

“Entre 01 de março de 2020 e 01 de março de 2021 foram realizadas na ULS do Nordeste um total de 4.446 cirurgias programadas”, concretiza.

O hospital de Bragança é o único no distrito, com menos de 135 mil utentes, com medicina intensiva e concentrou-se nos casos mais graves de covid-19.

A ULS do Nordeste refere ainda que, apesar desta realidade, manteve também durante a pandemia a realização de consultas externas de especialidade.

Esta entidade assegura que “além do cumprimento escrupuloso de regras de saúde pública” na retoma da atividade suspensa por força da pandemia, “está igualmente salvaguardada a manutenção da prontidão de resposta necessária a um eventual aumento da incidência da covid-19”.

Os 12 concelhos do distrito de Bragança somaram, num ano de pandemia, 10.456 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e restavam 59 casos ativos no último boletim oficial datado de sexta-feira.

O número total de mortes associadas à covid-19 só agora foi atualizado com 342 óbitos confirmados pela coordenadora regional da Unidade de Saúde Pública, Inácia Rosa, ao jornal Mensageiro de Bragança.