Os números de hoje contrastam com os de 438,2 de sexta-feira e os 362,2 de há uma semana, numa altura em que a campanha de vacinação continua a mostrar sinais de lentidão.

Segundo os dados do RKI de virologia, atualizados hoje de madrugada, a Alemanha contabilizou 67.125 novos casos nas últimas 24 horas e 303 mortes associadas à covid-19, com o número de infeções ativas a rondar os 813.400.

A taxa cumulativa de internamentos a sete dias está atualmente na Alemanha em 5,97 por 100.000 habitantes, e a ocupação nas unidades de cuidados intensivos com pacientes com covid-19 é de 18,9% das camas disponíveis.

Os dados referem que 71,1% da população da Alemanha (59,1 milhões de pessoas) foram vacinadas, 68,4% (56,9 milhões) com o regime completo, enquanto 8,6 milhões já receberam uma dose de reforço.

Em declarações ao grupo de comunicação social alemão Funke, o presidente do Conselho da Associação Médica Mundial, Frank Ulrich Montgomery, prevê que, nos próximos dez dias, a taxa de incidência poderá duplicar para valores entre os 700 e 800.

Montgomery acrescentou que o efeito de todas as medidas agora tomadas, “incluindo a redução dos contactos ou a paralisação da vida pública”, vai demorar duas semanas e que, a curto prazo, o que pode ajudar “mais rapidamente e melhor” é a redução dos contactos e evitar as multidões.

A médio prazo, prosseguiu, a situação só poderá melhorar se se decretar a obrigatoriedade da vacina, a partir dos cinco anos, e se a Comissão Permanente de Vacinação (Stiko) da Alemanha o permitir.

“Só assim, todas as outras medidas poderiam ser dispensadas, permitindo o regresso à normalidade”, concluiu.

Segundo o mais recente balanço da agência noticiosa France-Presse (AFP), divulgado na sexta-feira, a covid-19 provocou pelo menos 5.180.276 mortes em todo o mundo, entre mais de 259,46 milhões infeções pelo novo coronavírus.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Omicron, foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a OMS, o “elevado número de mutações” pode implicar maior infecciosidade.