Embora tenham sido atingidas as primeiras 1.000 milhões de doses inoculadas após 20 semanas do início das primeiras campanhas de vacinação em massa, em dezembro, e os dois mil milhões em seis semanas, as 3.000 milhões de doses administradas demoraram menos de quatro semanas.

Cerca de 40% das doses administradas em todo o mundo (1,2 mil milhões) foram na China, enquanto a Índia (329 milhões) e os Estados Unidos (324 milhões) fecham o pódio.

Em relação à população, entre os países com mais de um milhão de habitantes, é no Médio Oriente que se encontram os campeões da vacinação: Emirados Árabes Unidos (153 doses por 100 habitantes), Bahrein (124) e Israel (124), são os países que se aproximam ou já ultrapassaram a barreira de 60% da população totalmente imunizada.

No pelotão, seguem o Chile (118 doses por 100 habitantes), Reino Unido (113), Mongólia (111), Uruguai (110), Hungria (107), Catar (107) e Estados Unidos (98), países que imunizaram totalmente cerca de metade da população (entre 46% e 54%).

A União Europeia administrou 357 milhões de doses a 50% da sua população.

Cerca de 32% dos habitantes do bloco comunitário estão avançados, sendo que Malta, o menor país da União, é, de longe, o mais avançado, com mais de 70% da população totalmente vacinada.

Os países mais populosos da UE – Alemanha, França, Itália e Espanha – oscilam em torno da matéria, com cerca de um terço da população vacinada.

Enquanto a maioria dos países pobres já começou a vacinar, principalmente graças ao mecanismo Covax (Organização Mundial da Saúde, aliança Gavi e coligação Cepi), a vacinação contra a covid-19 continua a ser marcada por fortes desigualdades: países de “alto rendimento” (segundo o Banco Mundial) administraram em média 79 doses por 100 habitantes, em comparação com apenas uma dose nos países de “baixo rendimento”.

Ao mesmo tempo, há ainda países que não começaram a campanha de vacinação, como a Tanzânia, Burundi, Eritreia, Haiti e Coreia do Norte.

Apesar das polémicas de que tem sido alvo, a vacina AstraZeneca/Oxford, administrada em quase 80% dos países e territórios que estão a vacinar (pelo menos 171 em 2016), é a mais distribuída no mundo, à frente da concorrência desenvolvida pela Pfizer/BioNTech (pelo menos 102 países, ou 47%), Sinopharm e Moderna (pelo menos 48 países, 22%), Sputnik V (pelo menos 41 países, 19%), Johnson&Johnson (pelo menos 31 países, 14%) e Sinovac (pelo menos 24 países, 11%).