"A questão nem sequer é política, a questão é apenas de princípios e valores que a sociedade deve praticar. Numa situação de emergência há valores que se devem sobrepor a divergências políticas e aos partidos", disse Miguel Albuquerque à margem de uma visita a uma exploração agrícola.

"Eu acho que a decência e o humanismo devem imperar em situações como as que estamos a viver hoje", disse, admitindo que, caso a Madeira tenha reserva garantida, poderá vir a acolher mais doentes de covid-19 do continente.

"Nós, neste momento, temos apenas 11 doentes, incluindo os que vieram do continente, em cuidados intensivos, temos cerca de 50 camas, vamos ver", admitiu.

Os governos da República e Regional, um do PS e outro do PSD/CDS, têm mantido alguma divergência e crispação com a Madeira a reivindicar vários apoios e medidas da República.

A Madeira recebeu na sexta-feira à noite três doentes com covid-19 dos cuidados intensivos de hospitais de Lisboa.

Esta transferência decorreu na sequência da disponibilidade manifestada pela Região Autónoma da Madeira para receber doentes críticos do Serviço Nacional de Saúde do continente, sendo que o transporte aéreo foi assegurado pelo Ministério da Defesa Nacional, através de um avião C-130 da FAP.

A região autónoma dispõe de 228 camas para a área covid-19, em dois hospitais do Funchal, e tem capacidade para tratar 47 doentes em cuidados intensivos.

De acordo com os dados mais recentes, estão internadas 71 pessoas com covid-19, oito das quais nos cuidados intensivos, sendo que o arquipélago regista um total de 1.972 casos ativos e 40 mortes associadas à doença.

Dois dos doentes transferidos para a Madeira estavam internados no Hospital Beatriz Ângelo e um no Centro Hospitalar Lisboa Ocidental.

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