Em nota divulgada hoje, a Fundação AIS revela que, na mensagem, divulgada no final de fevereiro, “era pedido a todos os não-locais e aos cristãos que residem e trabalham em Garissa, Wajir e Mandera, para abandonarem a região, invocando o elevado nível de desemprego que afecta as populações” locais.

“Poucos dias antes da divulgação da mensagem, houve um ataque a um autocarro em Mandera, que resultou na morte de dois trabalhadores identificados como sendo cristãos, o que veio aumentar o temor de uma onda de violência contra esta comunidade religiosa na região”, refere a nota.

A AIS acrescenta que, entretanto, na semana passada “houve uma emboscada a outro autocarro por militantes terroristas do Al-Shabaab. O ataque, na passada quarta-feira, 11 de março, na província de Mandera, junto à fronteira com a Somália, é revelador deste clima de intimidação e de perseguição aos cristãos e às populações não-locais”.

“Um dos passageiros, cuja identificação se desconhece, foi sequestrado pelos terroristas e mais tarde foram encontrados dois corpos na berma da estrada”, informa.

Segundo a AIS, “a região de Mandera (…) está localizada no nordeste do Quénia e tem sido palco de diversos ataques por grupos terroristas, que se supõe pertencerem ao Al-Shabaab”.

“Desde há alguns anos que o Quénia, uma antiga colónia britânica, cuja maioria da população é cristã, tem vindo a ser alvo do terror por parte desta milícia fundamentalista islâmica originária da Somália. Só desde 2011, calcula-se que houve já mais de 270 ataques a igrejas, instituições militares e governamentais”, frisa a Fundação AIS.

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