“Após buscas realizadas na região, infelizmente foram descobertos outros quatro corpos de migrantes”, anunciaram as autoridades da província de Edirne (nordeste), cidade próxima da fronteira grega, sem especificar onde foram encontrados.

Os corpos dos primeiros 12 migrantes foram descobertos na quarta-feira perto da aldeia de Pasakoy, na fronteira turco-grega.

A zona tem registado temperaturas muito baixas, que foram quase negativas na noite passada, de acordo com os serviços meteorológicos turcos.

"É inaceitável deixar 12 pessoas a morrer de frio. Mas esta não é a primeira vez que enfrentamos esse comportamento da Grécia", disse hoje o presidente, Recep Tayyip Erdogan, denunciando o "silêncio" da União Europeia.

Na quarta-feira, o ministro do Interior turco, Süleyman Soylu, anunciou a descoberta dos 12 migrantes mortos, acusando os guardas de fronteira gregos de empurrá-los para trás depois de "tirar as suas roupas e sapatos", o que Atenas negou.

“A morte de 12 migrantes na fronteira turca perto de Ipsala é uma tragédia, mas qualquer sugestão de que foram empurrados de volta para a Turquia é absolutamente infundada. Eles nunca chegaram à fronteira", disse o ministro grego das Migrações, Notis Mitarachi.

O Governo de Ancara acusa regularmente as autoridades gregas de empurrarem ilegalmente migrantes, que tentam atravessar a fronteira para a Grécia, de volta para o território turco.

Por sua vez, Atenas nega e acusa Ancara de fechar os olhos às pessoas que tentam cruzar a fronteira.

Em março de 2020, depois de a Turquia ter anunciado a abertura das fronteiras com a Europa para a passagem de migrantes, vários milhares de pessoas tentaram atravessar o rio Evros e chegar ao território europeu, mas o exército e a polícia gregos impediram a entrada destas pessoas, que foram forçadas a recuar para o território turco.

A decisão da Turquia de abrir as fronteiras foi encarada então como uma forma de pressionar a Europa, bem como os aliados na NATO.

Atualmente, a Turquia acolhe quase cinco milhões de refugiados no seu território, segundo dados oficiais, incluindo quase quatro milhões de refugiados sírios.

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