Trata-se do primeiro encontro entre as associações portuguesa e espanhola de ensino superior particular e cooperativo e em discussão estará a mobilidade de estudantes, docentes e funcionários entre as instituições dos dois países.

"A mobilidade de estudantes, docentes e funcionários entre instituições tem tantas virtualidades que estamos a conversar sobre a possibilidade de lançarmos uma rede ibérica”, adianta António Almeida-Dias, presidente da APESP, em comunicado.

No encontro entre a Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado – APESP e a sua congénere espanhola, o Fórum Emília Pardo Bazán, um dos pontos fortes do debate será em torno da criação de um "balcão ibérico" do ensino superior privado, com vista a desburocratizar a atribuição de graus conjuntos.

Será ainda discutida a montagem de centros de investigação conjuntos e de projetos educativos para os mercados Hispânico e da Lusofonia.

“Os 290 milhões de falantes de português e os 540 milhões de falantes de espanhol tornam estas duas línguas, juntas, a terceira mais falada no mundo”, nota, em comunicado, António Almeida-Dias.

“Há portanto todo o interesse em que os dois sistemas de ensino superior não estatal, o português e o espanhol, se articulem no que diz respeito ao recrutamento de estudantes estrangeiros, nomeadamente em África e na América Latina, para titulações conjuntas”, defende.

Pela parte do Fórum Emília Pardo Bazán estará em Lisboa uma comitiva liderada pelo seu presidente, José Muñiz, reitor da Universidade Nebrija, e que contará com José António Verdejo, secretário-geral da Universidade Francisco de Vitória. Pela APESP, para além do seu presidente, António Almeida-Dias, e outros membros da Direção, participará João Redondo, que recentemente foi eleito em Berlim presidente da Aliança das Instituições de Ensino Superior Não Estatais na Europa (EUPHE).