Em declarações à Lusa, durante uma visita do ministro da Economia à empresa, Pedro Carreira disse que a Continental Mabor já foi obrigada a adiar e cancelar uma série de projetos, face ao “arrastar” do processo de construção do novo acesso.

“É uma obra fundamental, desde logo, para libertar um conjunto de áreas que são nossas e nas quais não podíamos mexer enquanto não fosse definido o traçado final, ficando assim impedidos durante anos de avançar com novos projetos”, referiu.

Segundo Pedro Carreira, a variante afigura-se ainda “vital” para melhorar o acesso da fábrica autoestrada.

“Com 400 a 500 camiões por dia na EN14, que tem 50 anos e que não foi concebida para este volume de trânsito, é muito complicado, geram-se muitas filas”, apontou.

A conclusão da variante, um investimento de 12,5 milhões de euros que inclui uma nova ponte sobre o rio Ave, está prevista para agosto de 2025, mas Pedro Carreira disse hoje que precisa de ver para crer, tantos foram os anúncios feitos ao longo dos últimos anos

“Sou como s. Tomé, quando a estrada estiver concluída vou dizer foi construída. Ao nível em que está, era um crime nacional se não fosse acabada, mas enquanto não a vir acabada, não acredito”, referiu.

Atualmente, a Continental tem em curso um projeto de automatização do armazenamento de pneus, permitindo a redução do esforço ergonómico de cada operador.

Trata-se de um investimento de cerca de 60 milhões de euros, que deverá estar concluído no primeiro trimestre de 2026.

Em 2023, a fábrica faturou cerca 1,3 mil milhões de euros.

Por ano, produz 19 milhões de pneus, sendo 99 por cento para exportação para 70 países.

Emprega atualmente 2.830 trabalhadores.