Segundo a agência EFE, a notícia foi avançada pela estação de rádio RTL e entretanto confirmada pelo Governo francês, dando conta de que esta hipótese foi incluída no futuro projeto de lei sobre o poder de compra, com o objetivo de garantir o abastecimento de eletricidade do país no próximo inverno.

Com a reabertura daquela central, que encerrou a atividade em 31 de março, França voltaria a ultrapassar o limite máximo de 700 horas anuais de operação de centrais a carvão no seu território, numa altura em que se estão a esgotar os abastecimentos russos e quase metade das centrais nucleares do país estão ainda paradas devido a reparações.

O texto, que deverá ser apresentado no início de julho, no Conselho de Ministros, indica que o fornecimento de eletricidade em França, no inverno de 2022, estará sob “vigilância apertada”.

O Ministério da Transição Energética confirmou hoje este plano, mas garantiu que os volumes de produção de carvão serão baixos.

“De qualquer forma, representaria menos de 1% da eletricidade produzida a que seria gerada com carvão”, insiste o Ministério, defendendo que o carvão russo não será usado.

Esta decisão já estava contemplada na altura do encerramento da central, para casos específicos em que fosse necessário reforçar a produção de energia elétrica.

Após o encerramento de Saint-Avold, apenas uma central termoelétrica a carvão permanece em funcionamento em França, em Cordemais, no departamento de Loire-Atlantique, que o Presidente Emmanuel Macron tinha prometido fechar devido aos altos níveis de poluição.