Até ao momento há já um "caso grave" de incumprimento no Aeroporto de Faro, disse o ministro, uma vez que os motoristas que tinham a obrigação de fazer este transporte não o fizeram, sendo posteriormente assegurado pela GNR.

“A manhã começou bem até as 07:00”, disse o governante, reiterando que os serviços mínimos estavam a ser cumpridos, até às declarações do advogado do sindicato dos motoristas de matérias perigosas de que não iriam cumprir serviços mínimos hoje.

“Houve um período de quase paragem entre as 07:00 e as 10:00”, disse o ministro.

Os motoristas de matérias perigosas e de mercadorias cumprem hoje o terceiro dia de uma greve por tempo indeterminado, que levou o Governo a decretar uma requisição civil na segunda-feira à tarde, alegando incumprimento dos serviços mínimos.

No entanto, Matos Fernandes salientou que o balanço da manhã de hoje é mais positivo do que o da manhã de terça-feira.

Na Prio, em Ílhavo, Aveiro, a distribuição foi a 100% com a saída de 84 cargas, “um dia absolutamente normal”, segundo o governante.

Em Leça da Palmeira, “foram feitas 83 cargas, 62 camiões saíram a seguir às 10:30”, ou seja “estão a ser cumpridos os serviços mínimos”, segundo o ministro.

Em Sines, Matos Fernandes esclareceu que estão até a ser “ultrapassados os serviços mínimos”, com a saída de 33 camiões durante a manhã.

Porém, na Companhia Logística de Combustíveis (CLC), em Aveiras de Cima, Lisboa, os números são menores em percentagem, com 128 saídas de camiões, das quais 36 para ao aeroporto, quando estavam programadas 119 saídas no total e 92 para o aeroporto.

Na CLC a produtividade foi, esta manhã, “30% abaixo dos serviços mínimos”, disse o ministro.

Na terça-feira, o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, disse que 14 trabalhadores não cumpriram a requisição civil decretada pelo Governo.

Hoje de manhã, o porta-voz do sindicato dos motoristas de matérias perigosas disse que os trabalhadores não vão cumprir serviços mínimos nem a requisição civil, em solidariedade para com os colegas que foram notificados por não terem trabalhado na terça-feira.

Matos Fernandes referiu também na conferência também que 83% dos postos REPA têm todos os combustíveis.

No que diz respeito à requisição civil, o ministro confirma que se não forem cumpridos os serviços mínimos esta pode ser alargada. Contudo, apenas ao final do dia podem ter tiradas conclusões.

“A avaliação dos serviços mínimos não se faz de hora a hora”, afirmou o governante João Matos Fernandes, remetendo para o final do dia a decisão de alargar o âmbito da requisição civil, com a expectativa que a situação de falta de produtividade na Companhia Logística de Combustíveis (CLC), em Aveiras de Cima, “ainda” se venha a resolver.

Sem fazer “futurologia” do tempo que vai durar a paralisação dos motoristas, o ministro do Ambiente e da Transição Energética apelou para que os sindicatos e os trabalhadores “depressa encontrem forma desta greve acabar”.

Lembrando que os motoristas que incumprirem os serviços decretados na requisição civil estão a incorrer num crime de desobediência, João Matos Fernandes disse que as autoridades estão a notificar essas pessoas, estando identificados 14 motoristas até terça-feira, a que se juntam hoje seis trabalhadores que não asseguraram o transporte de combustível para o aeroporto de Faro.

À segunda notificação pelas autoridades, estes 20 motoristas identificados por incumprimento estão a cometer um crime de desobediência.

Sobre a fraude nas baixas médicas dos motoristas, o ministro assegurou que estão a ser investigadas, “o que não se faz em horas”.

Os motoristas de matérias perigosas e de mercadorias cumprem hoje o terceiro dia de uma greve por tempo indeterminado, que levou o Governo a decretar uma requisição civil na segunda-feira à tarde, alegando incumprimento dos serviços mínimos.

Na terça-feira, o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, disse que 14 trabalhadores não cumpriram a requisição civil decretada pelo Governo.

Hoje de manhã, o porta-voz do sindicato dos motoristas de matérias perigosas disse que os trabalhadores não vão cumprir serviços mínimos nem a requisição civil, em solidariedade para com os colegas que foram notificados por não terem trabalhado na terça-feira.

A greve que começou na segunda-feira, por tempo indeterminado, foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), com o objetivo de reivindicar junto da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

[Notícia atualizada às 15:02]