Os cancelamentos de voos da Iberia Express surgem no início de uma greve de 10 dias da tripulação de cabine por aumentos salariais em pleno período de inflação.

Até ao meio-dia de hoje, foram cancelados oito voos domésticos em Espanha, afetando cerca de 1.500 passageiros, mas não se registaram atrasos noutros voos, assegurou em comunicado o sindicato USO, responsável pela organização da greve.

A administração da companhia aérea de baixo custo confirmou estes cancelamentos, garantindo ter redirecionado 84% dos viajantes em causa para outros voos, enquanto os outros passageiros afetados foram reembolsados ou receberam ‘vouchers’.

A greve, prevista até 06 de setembro, deve resultar num total de 92 cancelamentos de voos, afetando mais de 17 mil passageiros, segundo um representante do sindicato USO.

De acordo com a Iberia Express, 24 voos domésticos serão cancelados apenas nos primeiros três dias da greve.

A Iberia Express liga Madrid, capital de Espanha, a cerca de 40 cidades europeias.

O sindicato USO reclama aumentos salariais para compensar a inflação que atingiu 10,8% em julho em Espanha.

Por outro lado, quatro voos da easyJet também foram hoje cancelados devido à greve dos pilotos desta empresa, que é já a terceira paralisação registada durante o mês de agosto, segundo o sindicato SEPLA.

Os cancelamentos na easyJet são de voos de ou para Barcelona e Palma de Maiorca, nas Ilhas Baleares, ligando essas cidades a Londres (Inglaterra) e Genebra (Suíça).

Desde a primeira greve de três dias em 12 de agosto por parte dos pilotos da easyJet, foram cancelados um total de 79 voos, segundo dados divulgados pela agência France-Presse.

Os pilotos exigem o regresso às condições de trabalho que usufruíam antes da pandemia de covid-19 e o regresso das negociações sobre um novo acordo coletivo.

A greve dos pilotos, a meio da época turística e da retoma da atividade após a pandemia, surge duas semanas depois de uma greve da tripulação de cabina da easyJet, que resultou num acordo.